Prêmio FOCO 2013
Esse prêmio nasce da percepção de que a realização de exposições individuais e a participação em projetos de residência podem ter importante influência sobre o desenvolvimento dos artistas: especialmente para aqueles que estão nos seus primeiros 15 anos de produção.
Nessa edição do Prêmio FOCO Bradesco ArtRio, convidamos artistas de todo o país para concorrerem a três premiações compostas sempre por uma residência de seis semanas e uma exposição individual. Lucas Simões foi o artista selecionado para fazer uma residência de seis semanas no Espaço Fonte, no Recife, e construir uma exposição individual no Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães (MAMAM) na capital pernambucana. Alan Fontes inaugurará a residência Baró e, em sequência, fará exposição na Baró Galeria, ambas na cidade de São Paulo. Raphael RG passará seis semanas em residência no Espaço La Ene, em Buenos Aires, para elaborar mostra individual no Museu La Ene, também na capital argentina. Os três premiados receberão bolsas para se dedicarem exclusivamente às suas pesquisas durante os períodos de residência.
Cristiana Tejo, Adriano Casanova e Santiago Villanueva, representantes das instituições citadas acima, são os fundamentais parceiros desse projeto que se somaram a mim para a formação da Comissão de Premiação que selecionou os três artistas. A ArtRio se reconhece como uma feira que deve ser capaz de combinar, em todas as suas relações, segurança, risco, experimentação e fertilidade, e o lançamento do Primeiro Prêmio FOCO Bradesco ArtRio é resultado desse encontro entre pessoas e instituições que vislumbraram a criação e desejam a regularidade de uma premiação como essa.
Bernardo Mosqueira
Diretor do Prêmio FOCO Bradesco ArtRio
Júri / Residências
Premiados
Lucas Simões (Catanduva, SP, 1980)
Formado em Arquitetura e urbanismo pela PUC Campinas e Politecnico di Milano, reúne qualidades técnicas muito diversas em cada nova pesquisa. Em seus trabalhos situa o seu fazer artístico ainda dentro da área de arquitetura. Neles as duas práticas se atravessam e borram seus contornos. Trabalha com intervenções em objetos e imagens através de cortes, queimaduras e relevos, subvertendo assim seus significados. É representado pela Galeria Emma Thomas, de São Paulo.
Trabalhando com volumes e ritmos não se restringe a um único suporte, e nisso pode-se notar a importância da materialidade do material adotado em cada experimento. Trabalha com papel, fotografia, mapas, livros, concreto, silicone, resina, acrílico, etc.
Tem participado de várias exposições, das quais se destacam: Vencedor do Grande Prêmio do Salão de pequenos formatos da Amazônia – UNAMA, Belém do Pará, em 2010; Salão de Arte Contemporânea de Ribeirão Preto, no MARP – Museu de Arte de Ribeirão Preto, em 2010; Tem trabalhos presentes na coleção do MAC-USP.
Outras participações: Coletiva “Imagine Brazil” – Astrup Fearnley Museet, Oslo (2013); Coletiva “Emmathomasteca” – galeria Emma Thomas, São Paulo (2013); Coletiva “Amor e ódio à Lygia Clark”, Zacheta National Gallery, Varsóvia – Polônia (2013); Deluded Detachment, Solo Project – ARCO Madrid, Espanha (2014); e “La historia la escriben los vencedores”, OTR Espacio de arte, Madrid, Espanha (2014).
Alan Fontes (Ponte Nova, MG, 1980)
Reside e trabalha em Belo Horizonte. Graduado em Pintura e Desenho pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e mestre em Artes Visuais pela mesma instituição. Atua como artista plástico e professor de Pintura na Escola Guignard UEMG. Artista representado pela Galeria Celma Albuquerque em Belo Horizonte, e Galeria Laura Marsiaj no Rio de Janeiro.
Dentre as principais mostras coletivas estão, Cidades (Des)construídas na Funalfa de Juiz de Fora em 2005, VII Bienal do Recôncavo em São Félix na Bahia, Mostra Pictórica no Palácio das Artes em 2006, A Casa dos Espelhos, na Galeria Celma Albuquerque em 2006 e a Instalação sonora “66 x 99” em comemoração aos 40 anos do Paço das Artes São Paulo em 2010. Dentre as principais mostras individuais estão A Casa realizada no Paço das Artes em São Paulo em 2007, Kitnet realizada na Galeria da Cemig em Belo Horizonte em 2010, Sweet Lands e La Foule mostras realizadas na Galeria Laura Marsiaj no Rio de Janeiro em 2012.
Outras mostras: Instalação Casa Kubitschek – Bolsa Pampulha 2013-2014 – Museu de Arte da Pampulha. Curadoria: Agnaldo Farias, Elisa Campos, Marta Ruiz e Ricardo Resende (2014) e Série Desconstruções – Projeto solo na Coletiva Residentes / Baró Galeria SP – 2014 (Prêmio FOCO Bradesco ArtRio).
Rafael RG (Guarulhos, SP, 1986)
Ainda adolescente, começou a frequentar aulas de ballet na escola da Cia Cisne Negro. Em 2006, recebeu bolsa de estudos do programa federal PROUNI para cursar Artes Visuais na Faculdade de Belas Artes de São Paulo. Desde então, vem participando de mostras e festivais em várias cidades do Brasil e países como Argentina, México, Colombia, Alemanha e Holanda.
Em seu trabalho o artista propõe a releitura, investigação e transição para o campo da arte de fatos históricos através da junção de documentos da época e objetos ficcionais que cria, para tanto vem realizado pesquisas para obras e instalações em arquivos públicos, como por exemplo, o ArquivoPúblico do Estado de São Paulo e na Amerika-Gedenkbibliothek em Berlim.
Participou da exposição “Ps: Há alguma coisa que você espera de mim?”, na Galeria Sé (São Paulo, 2014). Recebeu o Prêmio Honra ao Mérito Arte e Patrimônio / Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN (com Exposição no Paço Imperial, 2014). Foi Artista selecionado para a Bolsa Iberê Camargo 2014, vencedor do 15o Festival Cultura Inglesa e do Prêmio Aquisição do Programa de Exposições 2013 do Centro Cultural São Paulo. Foi artista selecionado da Temporada de Projetos do Paço das Artes 2013.