O Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro realiza a exposição “Uma história da arte brasileira – Coleções MAM Rio”, que oferece um percurso pela história da arte moderna e contemporânea brasileiras, por meio do acervo do MAM Rio. Após ser vista por chefes de estado e lideranças dos países membros do G20, além da União Africana e União Europeia, e países convidados, a coletiva será aberta ao público no dia 1º de dezembro.
Para a ocasião, foram selecionadas obras de artistas que protagonizaram as primeiras seis décadas do século 20, período em que a arte brasileira definia um modelo específico de criação, combinando, de modos surpreendentes, linguagens abstratas e figurativas, temas eruditos e populares, e perspectivas tradicionais e cosmopolitas. Destacam-se aqui o modernismo, que se consolidou nas décadas de 1920 e 1940; o concretismo, que emergiu de 1950 a 1960; e o protagonismo continuado de artistas mulheres.
Cerca de 65 pinturas, esculturas e fotografias elaboradas desde a década de 1920 até tempos recentes – contemplando momentos marcantes ao longo da história da arte brasileira – revelam uma pluralidade de perspectivas, temáticas em convivência e diálogo. A mostra evidencia obras do modernismo, concretismo e as elaboradas a partir dos anos 1960, engajadas em denúncias da ditadura militar e críticas de uma realidade conflitiva. Notam-se linguagens artísticas alinhadas com formas de cultura tradicional, como presença constante e contraponto a práticas que se identificam como experimentais, bem como novas aproximações à figuração e à abstração nas quais as possibilidades se multiplicam.
Entre os artistas selecionados estão Adriana Varejão, Amilcar de Castro, Anita Malfatti, Anna Bella Geiger, Anna Maria Maiolino, Antonio Bandeira, Antonio Dias, Arjan Martins, Ascânio MMM, Candido Portinari, Carlos Carvalho, Carlos Vergara, Carlos Zilio, Cícero Dias, Cildo Meireles, Cristiano Mascaro, Djanira, Éder Oliveira, Edival Ramosa, Elisa
Martins da Silveira, Emiliano Di Cavalcanti, Evandro Teixeira, Fayga Ostrower, Felícia Leirner, Flávio de Carvalho, Flávio Shiró, Francisco da Silva, Frans Krajcberg, Gilvan Samico, Glauco Rodrigues, Iole de Freitas, Ione Saldanha, Ivan Morais, Ivan Serpa, João Urban, Lito Cavalcanti, Lúcia Laguna, Luiz Braga, Lygia Clark, Lygia Pape, Manabu Mabe, Marcos Bonisson, Maria do Carmo Secco, Maria Leontina, Mario Cravo Junior, Mestre Didi, Nair Benedicto, Raymundo Colares, Rubens Gerchman, Salomon Cytrynowicz, Sebastião Salgado, Tarsila do Amaral, Thomaz Farkas, Tomie Ohtake, Tunga, Véio, Walter Firmo, Waltercio Caldas e Wanda Pimentel.
Segundo Yole Mendonça, diretora-executiva do MAM Rio, “a exposição pretende apresentar um recorte da arte brasileira aos líderes das maiores potências mundiais, destacando sua força, riqueza e diversidade. As fotografias fecham esse painel com imagens icônicas de momentos marcantes de nossa história e cultura. Enfim, nossa história contada através da
arte, da cultura e da diplomacia”, afirma. “Trata-se de um panorama diversificado e às vezes inesperado da arte brasileira, desde os anos 1920 até o presente. As obras do acervo, algumas icônicas e outras menos conhecidas, foram selecionadas com ênfase na produção de artistas mulheres e de geografias múltipla”, contam Pablo Lafuente e Raquel Barreto, diretor-artístico e curadora do MAM Rio, respectivamente.
Com mais de 75 anos de história, o MAM Rio marcou os caminhos da arte brasileira dos séculos 20 e 21 com suas exposições e programas, entendendo sempre a arte e a cultura a partir de sua função social educativa e de construção de cidadania. A coleção do museu inclui mais de 16.000 obras que refletem a diversidade e a riqueza da arte brasileira.