ArtRio 14a. edição | 25 a 29 de SETEMBRO de 2024 | MARINA DA GLÓRIA ArtRio 14a. edição | 25 a 29 de SETEMBRO de 2024 | MARINA DA GLÓRIA

Terceira edição do ArtRio Convida

17/11/2023 - Por ArtRio

Na quarta-feira, 22 de novembro, a partir das 19h, aconteceu a terceira edição do ArtRio Convida. O tema do encontro foi a influência do carnaval e do funk nas artes visuais com a participação do curador do Museu de Arte do Rio Marcelo Campos, o carnavalesco Leandro Vieira, os artistas Allan Weber e Márcia Falcão e o DJ Renan Valle. A live foi transmitida ao vivo, direto da Casa ArtRio, no Instagram @artrio_art.

Assista abaixo:

 

Conheça os participantes

MARCELO CAMPOS
Marcelo Campos é carioca e vive e trabalha no Rio de Janeiro. É curador-chefe do Museu de Arte do Rio (MAR), diretor do Departamento Cultural da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e membro dos conselhos do Museu do Paço Imperial e do Museu Bispo do Rosário de Arte Contemporânea. Desde 2004 curou diversas exposições como À Nordeste (SESC 24 de Maio, 2019); O Rio do Samba (Museu de Arte do Rio, 2018); Orixás (Casa França Brasil, 2016) e Bispo do Rosário, um Canto, Dois Sertões (Museu Bispo do Rosário de Arte Contemporânea, 2015).

É doutor em Artes Visuais pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), professor do Departamento de Teoria e História da Arte do Instituto de Artes da UERJ e da Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Campos é autor de Escultura contemporânea no Brasil: Reflexões em dez percursos (2016) e possui textos publicados sobre arte brasileira em inúmeros livros, catálogos e periódicos nacionais e internacionais.

LEANDRO VIEIRA
Artista plástico formado pela Escola de Belas Artes da UFRJ, o carioca Leandro Vieira atua na cena carnavalesca desde 2015. À frente dos projetos artísticos da Estação Primeira de Mangueira, conquistou dois campeonatos: em 2016, com “Maria Bethânia – A menina dos olhos de Oyá”; em 2019, com “História pra ninar gente grande”. Nos últimos anos, tem desenvolvido propostas conceituais que ultrapassam os contornos dos desfiles para a avenida.

Em 2017, sua produção debruçada sobre a religiosidade popular, base do enredo da Mangueira naquele ano, foi documentada pelo IPHAN na publicação “Arte e Patrimônio no carnaval da Mangueira” e levada ao Paço Imperial do Rio de Janeiro em exposição individual batizada de “Bastidores da Criação – Arte aplicada ao Carnaval”. Em 2018, criou a instalação interativa “Carnaval: grito de quê?”, desenvolvida em parceria com o artista Ernesto Neto, para a exposição “O Rio de samba: resistência e reinvenção”, que ocupou o Museu de Arte do Rio (MAR). Em 2023, Leandro trouxe para a Imperatriz o enredo “O aperreio do cabra que o excomungado tratou com má querença e o santíssimo não deu guarida” e a escola foi a vencedora do carnaval.

MÁRCIA FALCÃO
Pintando com gestos marcados e tinta espessa, Márcia Falcão articula relações entre o corpo feminino e a matéria pictórica. A artista tem como motivo o subúrbio carioca, onde nasceu, vive e trabalha. A paleta pautada por marrons, vermelhos e tons de pele, busca, com diferentes materiais, uma representação carnuda do corpo. A agressividade das telas de Márcia Falcão incide principalmente sobre as figuras femininas que as povoam. Aqui, a carne é perfurada, talhada, lacerada e queimada numa reencenação da violência sistemática que ameaça a vida de mulheres, principalmente negras e periféricas, no Brasil. Em outras telas, por outro lado, há cenas igualmente viscerais de êxtase, instaurando a polaridade extenuante entre gozo e dor.  A excitação sensorial da pintura de Falcão deriva da urgência de seus assuntos tanto quanto da vivência da artista na periferia do Rio de Janeiro. 

Suas exposições individuais incluem Pai Contra Mãe, Instituto Inclusartiz, Rio de Janeiro, Brasil (2023); Márcia Falcão, Fortes D’Aloia & Gabriel, São Paulo, Brasil (2022); Márcia Falcão, Carpintaria, Rio de Janeiro, Brasil (2021) e Para Além do corpo: nudez semântica, Galeria Aymoré, Rio de Janeiro, Brasil (2020). Dentre suas exposições coletivas destacam-se A Parábola do Progresso, SESC Pompeia, São Paulo, Brasil (2022); MAR + Enciclopédia Negra, MAR — Museu de Arte do Rio, Rio de Janeiro, Brasil (2022); Crônicas Cariocas, MAR – Museu de Arte do Rio, Rio de Janeiro, Brasil (2021); Engraved into the Body, Tanya Bonakdar Gallery, New York, USA (2021) e Ainda fazemos as coisas em grupo, Centro Municipal de Artes Hélio Oiticica, Rio de Janeiro, Brasil (2020). É representada pela galeria Fortes D’Aloia & Gabriel. Participa da coletiva “FUNK: Um grito de ousadia e liberdade”, em cartaz no Museu de Arte do Rio, 2023.

ALLAN WEBER
Allan Weber nasceu e vive na comunidade das 5 Bocas em Brás de Pina, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Entre as experiências que despertaram seu interesse pela arte estão o seu contato com a pixação e com a fotografia, esta última pela via do skate. Desde então, aprofunda e desenvolve a sua pesquisa no campo da fotografia e da produção de objetos e instalações. Em 2021, realizou o curso Formação e Deformação da Escola de Artes Visuais do Parque Lage e abriu a galeria 5 Bocas, localizada no bairro onde mora.

Weber aborda, por meio de diferentes linguagens, o dia a dia em uma comunidade do Rio de Janeiro. Ao fazê-lo, não se posiciona simplesmente como um observador: esta realidade que compartilha com o público é a sua e a de todos que o circundam. Por meio do título de sua primeira exposição individual, o artista nos diz Existe uma vida inteira que tu não conhece (2020) – e, desse modo, evidencia o seu interesse em convocar e mobilizar o olhar do outro em direção ao desconhecido.

Em maio de 2020, a série fotográfica Tamo junto não é gorjeta, feita durante a pandemia do coronavírus, quando trabalhou como motoboy de aplicativo, foi capa da revista Zum #20, editada pelo Instituto Moreira Salles. Nessas imagens, é explicitado o abismo entre a vivência dos seus colegas de trabalho e aquela dos clientes dos deliveries. No mesmo ano, publicou em edição independente o fotolivro Existe uma vida inteira que tu não conhece, que toma emprestado o título da sua primeira individual.

Desde então, desenvolveu as séries Dia de baile (2021-2022) e Traficando arte (2021-2022), que se desdobraram em Lona (2023), Régua (2023) e Viajei o mundo inteiro dentro do Rio de Janeiro (2023). Nelas, o artista se apropria de elementos ligados à cultura e à realidade das comunidades periféricas do Rio de Janeiro, como as lonas dos bailes funk ou as armas do crime organizado, e os ressignifica ao criar objetos, colagens e composições de grande apuro estético que remontam à tradição construtiva na arte brasileira.

Entre as principais exposições que participou, estão: Brasil Futuro: as Formas da Democracia, Museu Nacional da República, 2023; Histórias brasileiras, Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand – MASP, 2022; Ecologias do Bem Viver, Galpão Bela Maré, Rio de Janeiro, 2022; A gente precisa se ver pra acreditar que é possível, 5bocas, Rio de Janeiro, 2021; Rebu, Parque Lage, Rio de Janeiro, 2021; Existe uma vida inteira que tu não conhece, Dízimo A Noiva, Rio de Janeiro, 2020. E agora “FUNK: Um grito de ousadia e liberdade”, no Museu de Arte do Rio, 2023.

RENAN VALE
Residente no Rio de Janeiro – Complexo da Maré, Renan Valle é DJ, compositor, produtor musical e produtor cultural brasileiro. Tocando como DJ nas comunidades do Rio de Janeiro desde seus 13 anos de idade. Influenciado por diversos gêneros musicais, Funk 150bpm, Funk Consciente, Favela Trap, Hip Hop, Afrobeat – Sua música pode ser reduzida como uma bela mistura de Funk, Trap, Forro, Axé e R&B. Diferenças sociais e culturais que perturbaram sua vida como a Criminalização do Funk um gênero, raiz (afro), que vive sofrendo perseguições por sair dentro das comunidades. Mas também moldaram quem ele é hoje!

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