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Simone Cadinelli apresenta exposição de Jeane Terra com curadoria de Agnaldo Farias

03/03/2021 - Por ArtRio

Simone Cadinelli Arte Contemporânea abre para o público no próximo dia 8 de março de 2021 a exposição Escombros, peles, resíduos, com trabalhos inéditos da artista Jeane Terra, criados a partir de várias técnicas e processos singulares que ela vem desenvolvendo nos últimos anos – incluindo os meses do isolamento social – tendo como ponto de partida os escombros das casas do Pontal de Atafona, praia no norte fluminense que está sendo tragada pelo mar. A exposição ocupará toda a galeria, onde além das pinturas secas – ou “pele de tinta”, processo que criou e que agora está patenteado [na imagem] – e as “monotipiassecas”, estarão reunidas esculturas, fotografias, um bordado e duas instalações: uma escavação na parede e uma ocupação da vitrine, que dá para a Rua Aníbal de Mendonça, em Ipanema.

O público poderá ver, reunidos pela curadoria de Agnaldo Farias, trabalhos poéticos da artista, que discute a memória habitada em destroços de casas, e agora, de maneira mais ambiciosa, de quarteirões inteiros. Para o curador e autor do texto crítico da individual, “O trabalho dela [Jeane Terra] tem muita força, e é um privilégio fazer esta viagem por ele”, diz. Ele acha “impressionante o fato de ela se chamar Jeane Terra, e ter esta pesquisa muito particular”. “Não acredito em coincidências”, diz ele. “Esta ideia de resíduos, peles, escombros tem a ver com construções e com uma arquitetura que é reivindicada pela própria terra para a condição de ruína, para que esta construção volte à própria terra”, observa.

Agnaldo Farias afirma que “este é um momento lindo, em que não apenas a artista pode ver reunidos seus trabalhos, que ficavam espalhados no ateliê, como o público poderá tomar contato com toda a riqueza, a fertilidade e a amplitude de sua pesquisa, e isso é um privilégio muito grande”.


Sobre a artista: Artista mineira (1975) radicada no Rio de Janeiro, Jeane Terra frequentou diversos cursos na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, no Rio de Janeiro, e cursou por dois anos o bacharelado em artes plásticas na Escola Guignard, em Belo Horizonte, entre outros cursos na área. Foi assistente da artista plástica Adriana Varejão por dez anos. Sua pesquisa está atrelada à memória e suas subjetividades, investigando fragmentos e nuances da transitoriedade das cidades, do apagamento urbano, do crescimento desenfreado das urbes e de sua ocupação. Muitas vezes autorreferente, seu trabalho gravita a usina ruidosa de onde vem a substância de sua memória. Trabalhando com diferentes suportes, se dedica especialmente à pintura, escultura, fotografia e videoarte.

Com treze anos de trajetória, participou de mostras individuais e coletivas no Brasil e no exterior, das quais se destacam: “Como habitar o presente? Ato 1 – É tudo nevoeiro codificado” (julho e agosto de 2020) e “Como habitar o presente? Ato 3 – Antecipar o futuro” (outubro de 2020 a 16 de janeiro de 2021), Simone Cadinelli Arte Contemporânea, Rio de Janeiro; “O ovo e a Galinha”, Galeria Simone Cadinelli, Rio de Janeiro, “Exposição 360”, Museu da República, no Rio de Janeiro, “Brasil Arte Contemporânea”, Museu Ettore Fico, Turim, Itália, “Abre Alas ”, A Gentil Carioca, Rio de Janeiro(2019); “Projeto Montra”, em Lisboa, em 2013; “Nova Escultura Brasileira- Herança e Diversidade”, na Caixa Cultural Rio de Janeiro, em 2011; e, BiwakoBiennale, Japão, em 2010; individual “Um olhar Invisível”, no Centro Cultural dos Correios, Rio de Janeiro, e a individual “Inventário”, na Cidade das Artes, Rio de Janeiro, em 2018.

Jeane Terra – Escombros, peles, resíduos
Curadoria de Agnaldo Farias
8 de março a 29 de maio de 2021
Simone Cadinelli Arte Contemporânea
Rua Aníbal de Mendonça, 171, Ipanema, Rio de Janeiro
Segunda a sexta-feira, das 13h às 18h. Aos sábados, sob agendamento.
Agendamento: +55 21 3496-6821 | +55 21 99842-1323 (WhatsApp)


Na imagem: Jeane Terra, Quimera submersa. Foto: Vicente de Mello.

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