No dia 20 de julho, a Nonada Salvador inaugura duas mostras. No primeiro andar da galerias, a exposição “Régua e Compasso”, com curadoria de Victor Gorgulho, parte do icônico documentário dos anos 1960, “Bahia, Por Exemplo”, para criar um diálogo entre artistas baianos de diferentes gerações, dos mestres consagrados aos novos talentos, e artistas da Nonada oriundos de diversas regiões do país.
A coletiva celebra a riqueza da produção artística baiana, estabelecendo conexões entre diferentes épocas e estilos, e apresentando um panorama diversificado e vibrante da arte brasileira. Participam da mostra: Andre Barion, Andy Villela, BrunoAlves, Carybé, Chacha Barja, Cipriano, Emanoel Araújo, Genaro de Carvalho, João do Nascimento, Josilton Tonm, Lucas Almeida, Manuel Messias, Mariano Barone, Marlon Amaro, Mario Cravo Neto, Matheus Rocha Pitta, Milena Oliveira, Museul*ra, Nati Canto, Rafael D’Alo, Rafael Plaisant, Raphael Medeiros, Tiago Sant’Ana (Prêmio FOCO ArtRio 2019), Voltaire Fraga, Willyams Martins e Yedamaria.
Victor Gorgulho cria um ambiente onde a tradição encontra a inovação, proporcionando uma experiência rica e multifacetada para o público. “Régua e Compasso” destaca a diversidade e a vitalidade da arte baiana e brasileira, refletindo as influências culturais e a evolução contínua dos artistas de diferentes gerações e regiões.
Na sala 2 da galeria, será aberta a mostra “Montagem: Driano de Souza e Marcelo JP”. Com texto crítico de Guilherme Teixeira, a exposição promete um encontro singular entre dois universos artísticos distintos. Driano de Souza, artista baiano, traz para a exposição seu trabalho tridimensional que aborda a relação entre o familiar, o afetivo e o precário. Suas peças são marcadas por uma estética crua e visceral, que dialoga com questões sociais e materiais do cotidiano. Driano utiliza materiais reciclados e objetos encontrados, além de técnicas vernaculares aprendidas com sua bisavó, transformando o ordinário em extraordinário e convidando o público a refletir sobre a impermanência e a resiliência.
Em contraste, Marcelo JP, paulista e skatista, apresenta suas pinturas abstratas que capturam a essência da fluidez e da liberdade. Suas obras são frescas, vibrantes e cheias de movimento, refletindo a energia dinâmica do skate e da vida urbana. Marcelo usa cores ousadas e formas geométricas para criar composições que evocam sensações de velocidade e equilíbrio.
A curadoria de Guilherme Teixeira ressalta a dualidade entre a robustez das esculturas de Driano e a leveza das pinturas de Marcelo, proporcionando ao público uma experiência visual rica e multifacetada. O título da exposição, “Montagem”, alude ao clássico modo de composição do funk para tratar do hibridismo cultural, artistico e da potência dessas práticas.Aexposição não apenas celebra a diversidade de estilos e técnicas, mas também explora a convergência de diferentes perspectivas culturais, pessoais e sociais.
A Nonada SSAfica na Rua do Passo G, Carmo, Salvador. Entrada gratuita.