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MASP oferece cursos de férias online

10/07/2020 - Por ArtRio

Com o museus ainda fechados e a prática de isolamento ainda em curso, o MASP, Museu de Arte de São Paulo, segue com uma programação de cursos on-line. Apesar de não serem gratuitos, a modalidade de ensino à distância, implementada no início da pandemia, pode ser uma alternativa de acesso àqueles que não habitam a capital paulista. A medida garante a segurança e é uma excelente oportunidade para interessados de todo o país, inclusive aos cariocas.

Cada curso tem duração de 5 encontros de 2h e um valor de 5 x 48 reais ou 240 no total, e aceitam até 100 alunos. Apenas o curso Introdução à história da arte do Brasil: arte e crítica social (que terá capacidade para atender até 500 alunos) terá um valor alternativo de 160 reais no total pelos 5 encontros. Todos eles, contudo, oferecem 15% de desconto para Amigos MASP e bolsas para professores da rede pública.

Todas aulas serão transmitidas ao vivo e contam com uma infraestrutura de atendimento e interatividade para promover uma experiência ativa e dinâmica de aprendizado. Participantes também podem acessar as gravações posteriormente, disponíveis por tempo limitado.

Pensados como uma programação de férias, todos se iniciam ao final de julho ou início de agosto e se desenrolam em encontros semanais:

Segundas | Dançar as revoluções: modos feministas de criar | 19h – 21h | 20 e 27/7 e 3, 10 e 17/8

“Se não puder dançar, não é minha revolução”, disse a filósofa e ativista Emma Goldman, associando a dança a uma prática de liberdade. Em diálogo com o ciclo temático do MASP em 2020, as Histórias da dança, e apresentando trabalhos de Carrie Mae Weems, Anna Bella Geiger, Lygia Pape, Élle de Bernardini e Josefa Pereira, o curso, com a professora Gabriela de Laurentiis, volta-se às experiências da arte contemporânea que se aproximam poeticamente da imagem criada por Goldman.

Terças | A representação negra na arte brasileira | 19h – 21h | 21 e 28/7 e 4, 11 e 18/8

O curso, com os professores Kleber Antonio de Oliveira Amancio, pretende, ao examinar a representação de pessoas negras na história da arte brasileira, retomar a análise de obras que, em dado momento, foram sintomaticamente esquecidas e/ou marginalizadas nas narrativas frequentes e dominantes. Voltadas para o contexto brasileiro, as aulas irão propor comparações entre a produção nacional e a arte produzida em outros contextos da diáspora negra.

INÍCIO EM AGOSTO | Terças | Introdução aos estudos de exposições e curadorias | 19h – 21h | 4, 11, 18 e 25/8 e 1º/9

O objetivo desse curso, com a professora Ana Maria Maia, é introduzir os estudos de exposições e a curadoria como ferramentas teóricas e práticas com as quais se pode atuar no circuito de arte. São ferramentas porque constituem saberes, mas não necessariamente ocupam o lugar de disciplinas ou campos autônomos. Aqueles que pesquisam ou fazem curadorias, em exposições ou outras plataformas (editoriais, educativas, de programações de eventos, só para citar algumas mais recorrentes), dominam recursos para intervir sobre os processos criativos e suas formas de mediação e disseminação, mas seguem tratando de arte, esse sim um campo a ser considerado.

Quartas | Histórias do vestir: cinco artistas negros no acervo do MASP | 19h – 21h | 22 e 29/7 e 5, 12 e 19/8

Quais intersecções podem ser feitas entre as histórias da arte e as da moda no Brasil? O curso, com a professora Hanayrá Negreiros, parte tanto desse questionamento quanto do legado das exposições Histórias afroatlânticas e Histórias das mulheres, histórias feministas, realizadas pelo MASP em 2018 e 2019, respectivamente. A cada aula será abordado um artista brasileiro presente nessas mostras e que hoje tem obras no acervo do museu. O objetivo é inspirar discussões sobre os estudos do vestir e das artes como alternativas para pensar histórias e narrativas negras.

INÍCIO EM AGOSTO | Quartas | Lina Bo Bardi: arquitetura como ação social | 19h – 21h | 5, 12, 19 e 26/8 e 2/9

O curso, com a professora Marina Grinover, tratará da vida e da obra de Lina Bo Bardi. Nascida na Itália em 1914, a arquiteta escolheu o Brasil para viver e trabalhar desde 1947. Lina é autora do projeto do edifício do MASP entre outras obras significativas para as instituições culturais como o Museu de Arte Moderna da Bahia e o Sesc Pompéia. As aulas irão abordar o contexto histórico e cultural dos principais trabalhos realizados por ela nos campos da arquitetura e do desenho industrial.

Quintas | Introdução à história da arte do Brasil: arte e crítica social | 19h – 21h | 23 e 30/7 e 6, 13 e 20/8 | Curso com valor reduzido

Ainda que nas últimas décadas o esforço historiográfico de armar um quadro a respeito da arte feita no Brasil tenha aumentado consideravelmente, ele tem algo de um mosaico incompleto. O curso, com a professora Fernanda Pitta, tem como objetivo olhar para alguns artistas e obras-chave da coleção de arte brasileira do MASP e propor o exercício de analisá-las a partir de duas questões, aparentemente contraditórias, a tragédia e a paródia.

Quintas | Artes indígenas: por uma estética relacional ameríndia | 19h30 – 21h30 | 23 e 30/7 e 6, 13 e 20/8

O curso, com o professor Els Lagrou, propõe um amplo diálogo entre o mundo da arte e a antropologia. A partir do renovado interesse pelo universo indígena, o curso apresentará diferentes caminhos no cenário artístico brasileiro já que artistas e curadores indígenas, como Denilson Baniwa, Ailton Krenak, Jaider Esbell, Sandra Benites e Ibã huni Kuin, para citar apenas alguns, se fazem cada vez mais presentes no comum esforço de repensar as fronteiras, os cânones e as narrativas dos mundos da arte.

Sextas | Arte contemporânea africana: histórias, contextos e exposições | 16h – 18h | 24 e 31/7 e 7, 14 e 21/8

O curso, com a professora Sabrina Moura, introduz obras, contextos expositivos e conceitos relativos à produção artística africana, a partir dos anos 1960. Será examinada a emergência da cena contemporânea e o seu diálogo com o campo da arte global. Das práticas artísticas e curatoriais aos modos de expor, alunos irão discutir a revisão de marcadores que associam o campo da arte africana a uma temporalidade colonial. Cada aula será guiada por estudos de caso que iluminam as experiências históricas e políticas transversais às obras e exposições apresentadas. Além disso, os usos dos conceitos de moderno e contemporâneo serão situados em vista dos aportes teóricos que emergiram no campo da arte africana, a partir dos anos 2000.

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Na imagem: Sallisa Rosa, Sem título, da série Resistência, 2017-19
Doação da artista, no contexto da exposição Histórias das mulheres, histórias feministas, 2019
Acervo MASP

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