

O MASP – Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand, em colaboração com o Kode Bergen Art Museum, apresenta, de 20 de outubro de 2023 a 25 de fevereiro de 2024, a mostra coletiva “Histórias indígenas”, que ocupa as galerias do 1º andar e 2º subsolo do museu. Em seguida, a mostra viaja para o Kode, em Bergen, Noruega, e fica em cartaz na instituição de 26 de abril a 25 de agosto de 2024.
A exposição coletiva apresenta, por meio da arte e das culturas visuais, diferentes perspectivas das histórias indígenas da América do Sul, América do Norte, Oceania e Escandinávia, e tem curadoria de Edson Kayapó, Kássia Borges Karajá e Renata Tupinambá, curadores-adjuntos de arte indígena, MASP, e dos curadores internacionais convidados Abraham Cruzvillegas (Cidade do México); Alexandra Kahsenni:io Nahwegahbow, Jocelyn Piirainen, Michelle LaVallee e Wahsontiio Cross (National Gallery of Canada, Ottawa); Bruce Johnson-McLean (National Gallery of Australia, Camberra); Irene Snarby (Kode /Tromsø, Noruega); Nigel Borell (Auckland, Nova Zelândia) e Sandra Gamarra (Lima, Peru), além da coordenação curatorial de Adriano Pedrosa, diretor artístico, MASP, e Guilherme Giufrida, curador assistente, MASP. Histórias indígenas tem patrocínio master do Nubank, apoio da Sotheby’s e do Norwegian Consulate, apoio cultural da National Gallery of Australia; National Gallery of Canada, Musée des beaux-arts du Canada; Canada Council for the Arts; Creative New Zealand – Arts Council of New Zealand Toi Aotearoa e INBAL e coorganização do Kode.
Dando continuidade às exposições dedicadas às Histórias no MASP, que acontecem desde 2016 – com Histórias da infância (2016), Histórias da sexualidade (2017), Histórias afro-atlânticas (2018), Histórias das mulheres, histórias feministas (2019), Histórias da dança (2020), e Histórias brasileiras (2021-2022) –, a mostra Histórias indígenas oferece novas narrativas visuais, mais inclusivas, diversas e plurais, refletindo a própria abordagem da série, que traz uma diversidade de vozes não somente no corpo de artistas e de obras, como também em sua estrutura curatorial.
A coletiva traz diferentes perspectivas sobre as histórias indígenas de regiões da América do Sul, América do Norte, Oceania e Escandinávia, com a curadoria de artistas e pesquisadores indígenas ou de ascendência indígena, reunindo cerca de 285 obras de várias mídias e tipologias, origens e épocas – que vão desde o período anterior à colonização europeia até o presente –, de aproximadamente 170 artistas.
A coletiva compreende oito núcleos: sete dedicados a diferentes regiões do mundo, sendo eles, Relações que nutrem: família, comunidade e terra (Canadá);A construção do “eu” (México); Histórias de pintura no deserto (Austrália); Pachakuti: o mundo de cabeça para baixo (Peru); Rompendo a representação (Maori, Nova Zelândia); Tempo não tempo (Brasil); Várveš: escondidos do dia (Sami, Noruega); e um núcleo temático organizado por todos os curadores da mostra, intitulado Ativismos.
Para compreender a exposição, é importante levar em conta o significado particular do termo “história”, que abrange tanto a ficção quanto a não ficção, relatos históricos e pessoais, de natureza pública e privada, em nível micro ou macro, possuindo, assim, um caráter mais polifônico, especulativo, aberto, incompleto, processual e fragmentado do que a noção tradicional de História. Em norueguês, o termo partilha um duplo significado semelhante, significando tanto uma interpretação do passado como uma narrativa pessoal. Apesar de seu alcance internacional e de sua amplitude temporal, o projeto não assume uma abordagem totalizante nem enciclopédica – pelo contrário, o objetivo da mostra é fornecer um corte transversal dessas histórias em uma seleção concisa e relevante, para que esse recorte possa ser justaposto com outros de diferentes partes do mundo.
Histórias indígenas vai até 24 de fevereiro de 2024. O MASP fica na Avenida Paulista, 1578 – Bela Vista. Funcionamento de quarta a domingo, das 10h às 18h (entrada até as 17h); terça grátis, das 10h às 20h. Ingressos: R$ 60 (entrada); R$ 30 (meia-entrada).
Vista da exposição: Fernando Frazão / Agência Brasil