

Em coletiva de imprensa online na tarde terça-feira, 18 de agosto, o MAM Rio, Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, divulgou seus novos diretores artísticos, selecionados através de uma chamada aberta que contou com 4 meses de processo seletivo. Keyna Eleison – 41 anos, carioca – e Pablo Lafuente – 44, espanhol, no Brasil há 7 anos -, selecionados para o novo cargo, falaram ao lado do diretor executivo do Museu, Fabio Szwarcwald, sobre o projeto de reestruturação e reposicionamento da instituição.
Selecionados dentre 103 candidaturas, a dupla passou por um processo seletivo de dois 2 comitês, um técnico e um interno. O comitê técnico contou com os nomes de Ayrson Heráclito, artista; Benjamin Seroussi, diretor da Casa do Povo (SP); Diane Lima, curadora; Eneida Braga, diretora do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram); Jochen Volz, diretor da Pinacoteca de São Paulo; Manuela Moscoso, curadora; Maurício Dias, artista; Renata Bittencourt, coordenadora de educação do Instituto Moreira Salles (SP); Roberta Saraiva, diretora do ICOM (Conselho Internacional de Museus) Brasil. E o interno com a participação de Camilla Rocha Campos, do Capacete; Fernanda Lopes, curadora assistente da instituição; Helmut Batista, também do Capacete; Lucimara Letelier, diretora adjunta institucional; Luis Marcelo Mendes, gerente de comunicação e branding; e Marion Strecker, coordenadora de conteúdos artísticos.
Cada um dos membros dos comitês foi responsável por avaliar o domínio e competência dos proponentes quanto aos seus conhecimentos de arte contemporânea e suas as habilidades de comunicação e de gestão. Além disso, foram levas em conta a adequação de cada uma das propostas ao projeto em curso de transformação institucional do museu, e a atenção à originalidade e integração comunitária do projeto. Trazendo como referência a própria trajetória do Museu e sua posição de vanguarda, a candidatura conjunta da carioca e do espanhol foi selecionada por sua aposta na diversidade, inclusão e interseccionalidade das diversas áreas do museu. A proposta casa com a posição da instituição pela substituição de uma curadoria – área que tinha Fernando Cochiarale à frente desde 2016 – por uma diretoria artística, que será responsável por pensar também as diversas dimensões e braços do museu, o que inclui seu acervo, conservação, educação e pesquisa.
Keyna Eleison é curadora, escritora, pesquisadora e herdeira Griot e xamã, narradora, cantora e cronista ancestral. Com experiência extensa em gestão de instituições de arte, cinema e cultura e projetos educativos. Mestre em História da Arte e especialista em História e Arquitetura pela PUC-Rio (Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro) e bacharel em Filosofia pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). Entre outras experiências curatoriais, ela esteve à frente da 10ª Bienal Internacional SIART, Bolívia (2018-19); de coletivas no Solar dos Abacaxis e da mostra “A potência da presença” (2019), no Museu da República. É professora do Programa de Formação e Deformação da Escola de Artes Visuais (EAV) do Parque Lage.
Pablo Lafuente nasceu em Santurtzi, no País Basco, e vive no Brasil desde junho de 2013. Tem trajetória profissional nas áreas de curadoria, crítica de arte, edição e ensino. Foi co-curador da 31 ª Bienal de São Paulo (2014), ao lado de outros seis nomes de diferentes países (Galit Eilat, Nuria Enguita, Oren Sagiv, Charles Esche, Luiza Proença e Benjamin Seroussi). Entre 2018 e este ano coordenou o Programa CCBB Educativo no Centro Cultural Banco do Brasil do Rio. De 2008 até 2013 foi curador associado do Office for Contemporary Art (OCA), de Oslo (Noruega).
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Na imagem: Pablo Lafuente, Keina Eleison e Fabio Szwarcwald no MAM; Foto de Fabio Souza / Divulgação MAM Rio