ArtRio 14a. edição | 25 a 29 de SETEMBRO de 2024 | MARINA DA GLÓRIA ArtRio 14a. edição | 25 a 29 de SETEMBRO de 2024 | MARINA DA GLÓRIA

Entrevista com Sandra Hegedüs, curadora do SOLO

04/07/2019 - Por ArtRio

Carol Carreteiro faz algumas perguntas a curadora do projeto SOLO desse ano.

Primeiramente gostaria de te agradecer pessoalmente pela iniciativa do SamArt Projects. Muitas vezes inserir artistas novos no mercado de arte pode ser um desafio, e as plataformas de residências são fundamentais para esse processo.

Poderia contar um pouco mais sobre como surgiu a ideia de conceber o SamArt,  como aconteceu a consolidação do projeto o que ele representa para você?
Eu posso dizer que o SAM Art é meu quarto filho! A ideia veio quando eu me dei conta que artistas já confirmados em outros países não eram conhecidos na Europa. Eu pensei nas residências, mas com uma produção e exposição no fim, pois a visibilidade era fundamental para que esses artistas pudessem ser conhecidos. Eu tive a sorte de poder trazer e trabalhar com artistas do mundo inteiro. Nesse momento os dois residentes são Felipe Arturo, da Colômbia e Taus Makacheva do Dagestão. Ano que vem terei em residência o artista brasileiro Maxwell Alexandre.

Além de grande patrona, você também é colecionadora. Qual foi o primeiro item que colecionou, e o último? Quais são os critérios que prioriza quando busca objetos de arte?
O primeiro item foi um quadro de Janice Melhem, uma artista Brasileira radicada na França. O ultimo foi um retrato do meu  cérebro que esta sendo feito pela artista Jeanne Susplugas. Ainda não está pronto! Ela faz uma entrevista com o colecionador e a partir daí cria esse retrato.

Quando foi se que se apaixonou por arte? Poderia contar um pouco da história de sua relação com esse universo?
Eu sempre amei arte, começou muito cedo folheando os livros da coleção Skira na casa de meus avós. Meus avós vieram da Hungria logo apos a guerra, e eu cresci nessa cultura “Mitteleuropéia”. Livros por todo canto.  Eu ainda sinto o cheiro do papel desses livros.

Você frequenta o circuito internacional de arte regularmente? Acha que os modelos atuais de feiras desgastam e fetichizam a arte?

Eu frequento várias feiras, mas principalmente feiras que permitem descobertas. Viajar no momento das feiras é interessante porque posso aproveitar pra visitar coleções, museus, exposições pela cidade. Os programas VIP são interessantes e abrem portas.  Essa é a segunda vez que eu venho pra ArtRio. A última vez eu comprei varias obras de artistas Brasileiros, inclusive dois que eu não conhecia.

Para você, a arte possui uma função? Como enxerga o lugar da arte tendo em vista as mudanças sociais e culturais que estamos vivendo?
A arte é uma forma de ver o Mundo pelos olhos dos artistas que geralmente conseguem ver coisas que nós pobres mortais não conseguimos ver ainda; Os artistas enxergam antes.  Viver com arte é um questionamento permanente. As vezes a arte está la pra nos tirar de nossa zona de conforto. Ás vezes o contrário. Essa visão livre é uma droga, eu não posso viver sem.

Quais as principais diferenças que enxerga entre o universo das artes na França e no Brasil?
Na verdade , por estar na França a 29 anos fica difícil pra mim comparar, pois eu conheço pouco o universo da arte no Brasil, infelizmente. Mas minha coleção tem muitos nomes Brasileiros e espero que essa lista cresça!!!

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