O livro “Experimentar o Experimental”, lançado com download gratuito com patrocínio do PROEX/Capes e selo da Editora Circuito, nasceu de dois cursos ministrados em 2017 e 2018 no Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais da Escola de Belas Artes (EBA) da UFRJ,  junto ao Programa de Extensão Plataforma de Emergência do Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica (CMAHO), pelos professores Ivair Reinaldim, doutor em Artes Visuais, e Michelle Sommer, pós-doutoranda em Linguagens Visuais no PPGAV/EBA/UFRJ.

Tendo como ponto de partida a discussão de textos de Mário Pedrosa (1900-1981) e Hélio Oiticica (1937-1980) – reproduzidos no livro – os cursos compreendiam três objetivos: confrontar as “origens” do experimental na produção artística brasileira; desenvolver reflexões a partir de estudos expositivos e da crítica de arte; e averiguar o que há de “brasilidade” na singularidade da experimentação. O livro conta com registros fotográficos das atividades realizadas nos dois cursos; exercícios-criação desenvolvidos pelos estudantes (como na imagem ao lado); textos inéditos produzidos por Reinaldim e Sommer a partir da experiência proposta; e a republicação dos textos históricos e literários que embasaram as dinâmicas e vivências nos dois semestres, com destaque para a publicação inédita da montagem de fragmentos de textos e transcrições de falas em áudio “Experimentar o experimental”, de Waly Salomão (1943-2003), acompanhada de notas explicativas.

A edição estrutura-se em duas partes. A primeira reúne reflexões surgidas no curso “Experimentar o experimental: onde a pureza é um mi(s)to – introdução aos estudos expositivos e à crítica de arte no Brasil”, desde as “origens” do experimental na arte brasileira dos anos 1960 e 1970 até a especulação sobre um possível experimental depois, debruçando-se ainda sobre os endereçamentos dessa produção, os cânones expositivos e as instâncias de legitimação. Já a segunda parte do livro dedica-se a abordar o curso seguinte, “Experimentar o experimental: furor da margem – estudos expositivos e crítica de arte no Brasil”, de modo a somar aos temas da primeira edição um conjunto de reflexões sobre a relação entre léxicos e os usos da arte na conjuntura atual.