

Com o apoio da Vale, o FOCO, em sua 11a edição, selecionou três artistas brasileiros que expuseram no estande do Prêmio durante a ArtRio 2025, na Marina da Glória, e também irão participar de residências artísticas em importantes instituições culturais.
A escolha dos artistas para a premiação foi realizada por um Comitê Curatorial com direção de Bernardo Mosqueira, Thayná Trindade e participantes das residências parceiras. Em 2025, o FOCO recebeu mais de 498 inscrições de 23 estados brasileiros e do Distrito Federal.
Conheça abaixo os selecionados.
> Abiniel João Nascimento (Carpina, PE, 1996) | Residência Chão SLZ
Artista e pesquisadore, tem interesse nas transmutacões da presença como ponto de partida. Suas investigações se concentram em uma poética baseada no território, revisitando temas como identidades indígenas e conjugações da memória brasileira, alinhadas com a vida e as temporalidades vegetais, minerais e animais. Esculturas, pinturas e instalações artísticas estão entre as técnicas com as quais trabalha.
Participou das residências nacionais Sertão Negro (2025), Pivô Arte e Pesquisa (2023), Terra Saúva (2024) e foi artista selecionada no Programa de Residências Artistícas da FUNDAJ (2022), entre outras. Além de residências nacionais, participou das residências internacionais na Galerie Paradise (Nantes – FR) em 2022, assim como foi residente na École Nationale Supérieure d’Arts à la Villa Arson (Nice – FR) em 2024. Possui obras em acervos privados e públicos como o Museu de Arte do Rio, Museu de Arte Moderna Aloisio Magalhães e Museu de Artes Plásticas de Anápolis. É bacharel em Museologia (UFPE), discente no mestrado em Artes Visuais (UFPE) e possui formação em Fotografia Expandida (EAV Parque Lage).
> Marcus Deusdedit (Belo Horizonte, MG, 1997) | Residência Sacatar
É graduado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal de Minas Gerais (2016), mestrando em Arquitetura e Urbanismo pela Faculdade de Arquitetura da Universidade de São Paulo (2025-).
Em sua trajetória destacam-se a residência artística da 8ª Bolsa Pampulha, Belo Horizonte, Brasil (2022); a individual “-10m/s² ou Teoria da Flutuação”, Belo Horizonte, Brasil (2024), sendo premiado pelo 4º Prêmio Décio Noviello de Artes Visuais; e a participação em importantes exposições institucionais, como 14ª Bienal do Mercosul, em Porto Alegre, Brasil (2025); “1000º – 38º Panorama da Arte Brasileira”, Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, Brasil (2024); “Dos Brasis – Arte e Pensamento Negro”, SESCs, Brasil (2023-24); e “Encruzilhadas da Arte Afro-Brasileiras”, CCBBs, Brasil.
Também possui trabalhos no acervo de importantes instituições como o Museu de Arte da Pampulha, o Museu Afro Emanuel Araújo, e a Coleção de Arte Sesc Brasil.
Em sua pesquisa, explora possíveis distorções e deslocamentos estéticos dos códigos da arquitetura e design a partir do exercício de edição em diferentes linguagens, perpassando por temas como racialidade, consumo e as dissonâncias imagéticas entre centro e periferia. Atualmente têm desenvolvido experimentos entre objetos tridimensionais e mídias digitais com foco em instalações multimídias
e nos procedimentos de arquitetura como forma de elaboração de seus trabalhos em artes visuais.
> Noara Quintana (Florianópolis, SC, 1986) | Residência Meca
Artista visual que vive e atua entre Florianópolis, São Paulo, e Los Angeles, EUA. Sua pesquisa concentra-se na materialidade de objetos cotidianos e nos índices de histórias do Sul Global que carregam. Através de instalações e esculturas, seu trabalho aponta para trocas econômicas, formas arquitetônicas e narrativas contrárias ao legado de um imaginário colonial.
Dentre as diversas residências que participou estão: Ybytu (2024), em parceria com MAM São Paulo para o 38o Panorama da Arte Brasileira, São Paulo; Delfina Foundation (2023), pelo Instituto Inclusartiz, Londres, UK; Pivô Arte Pesquisa (2021), São Paulo; Cité Internationale des Arts, sendo “Lauréate 2020” do Institut Français, e da EHESS pela “Art and Research Residency” (2017), Paris.
Nos últimos anos integrou exposições como: “1000o”- 38o Panorama da Arte Brasileira, MAM-SP, São Paulo (2024); “Bubuia”, Bienal das Amazônias, Belém (2023); Futuro Fóssil, Projeto Vênus, São Paulo (2023); “Contra-Flecha: Arqueia mas não quebra”, Galeria Almeida & Dale, São Paulo (2023), “LABINAC – O que sempre fizemos”, Casa Zalszupin com Almeida & Dale e Galeria Jaqueline Martins, São Paulo (2023); “Pays rêvé, pays reverse”, Cité Internationale des Arts, Paris (2023), “De montañas submarinas el fuego hace islas”, KADIST and PIVÔ, São Paulo (2022); “The Children Have to Hear Another Story – Alanis Obomsawin”, Haus der Kulturen der Welt (HKW), Berlin (2022), entre outras.
Conheça as residências deste ano e os vencedores de edições anteriores em: artrio.com/foco.