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Beatriz Milhazes inaugura a mostra “Pinturas Nômades”

22/09/2025 - Por ArtRio

Nesta quinta, 25 de setembro, a Casa Roberto Marinho inaugura “Pinturas Nômades”, da artista visual carioca Beatriz Milhazes, expoente da arte contemporânea internacional. Sob a curadoria de Lauro Cavalcanti, a mostra apresenta pela primeira vez no país a reprodução de projetos arquitetônicos desenvolvidos pela artista em quatro continentes — Europa, América do Norte, América do Sul e Ásia. A individual celebra duas décadas da atuação de Milhazes no campo das instalações pictóricas em espaços arquitetônicos e institucionais.

A exposição constitui um panorama único: reúne intervenções site-specific realizadas na Ópera de Viena; na Tate Modern, em Londres; na loja Selfridges, em Manchester; no metrô de Londres; na Fundação Cartier, em Paris; no Museu de Arte Contemporânea de Tóquio; no Long Museum, em
Xangai; e na Fundação Gulbenkian, em Lisboa; entre outras permanentes, como no projeto Art House, na Ilha de Inujima, Japão, e no Hospital Presbiteriano de Nova Iorque. Esses projetos, que formam o núcleo central da mostra, são apresentados em maquetes, estudos e painéis inéditos no Brasil, permitindo ao público uma rara imersão na dimensão arquitetônica da obra de Beatriz.

De acordo com o curador, estas intervenções de Milhazes, realizadas entre 2004 e 2023, consolidam uma pesquisa visual em diálogo com superfícies arquitetônicas. Utilizando principalmente vinil colorido, pintura mural e cerâmica, a artista desenvolve composições que exploram luz, cor e transparência, estabelecendo relações entre interior e exterior, opacidade e translucidez, desenho e arquitetura.

A pintura é o tronco principal do trabalho de Beatriz e pontua poeticamente o percurso pela Casa, como no caso das obras Mocotó (2007), A Mosca, (2010/2012) e Lampião, 2013/2014. Beatriz tem, desde o início de sua prática, uma longa relação de observação das variadas representações da natureza e da vida cotidiana encontradas na Arquitetura, Arte Popular, Arte Indígena, Arte Decorativa e universo da Arte Aplicada e História da Arte. Desta forma, a mostra apresenta ao público carioca uma sala dedicada a seu projeto especial para a 60ª Bienal de Arte de Veneza, em 2024, desenvolvido para o Pavilhão das Artes Aplicadas, uma colaboração entre o Victoria and Albert Museum, em Londres, e a Bienal.

As pinturas O céu, as estrelas e o bailado (2023) e Meia-noite, Meio-dia (2023) são exibidas com a mesa de tecidos do acervo pessoal de Milhazes, de diferentes culturas e regiões ao redor do mundo, referência para o desenvolvimento das obras. Completa este espaço a tapeçaria inédita Dance in
Yellow (2020). Uma das salas é dedicada a um conjunto de 11 gravuras. De acordo com a artista, “é
a técnica que mais se aproxima plasticamente do resultado dos painéis e murais”, uma conversa entre a arte gráfica como ponto de diálogo entre as duas práticas. A exposição contará também com apresentações de Marcia Milhazes Cia de Dança que apresentará criações recentes, concebidas em diálogo direto com o universo da mostra. A recorrente colaboração entre as irmãs Milhazes nas exposições de Beatriz, no Brasil e no exterior, é marcada por encontros que articulam composições visuais e propostas coreográficas.

A mostra vai até março de 2026. O Instituto Casa Roberto Marinho fica na  Rua Cosme Velho, nº 1105. Visitação: terça a domingo, das 12h às 18h, Ingressos à venda exclusivamente na bilheteria: R$ 10 (inteira) / R$ 5 (meia entrada) Às quartas-feiras, a entrada é franca para todos os públicos. Aos domingos, “ingresso família” a R$10 para grupos de quatro pessoas.

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