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Adriano Pedrosa será o curador da 60ª Bienal de Veneza

15/12/2022 - Por ArtRio

Adriano Pedrosa, atual Diretor Artístico do MASP, será o primeiro curador baseado no hemisfério sul a ficar a frente do setor de Artes Visuais da Bienal de Veneza, que acontecerá entre os dias 20 de abril a 24 de novembro de 2024.

O Conselho da Bienal de Veneza (La Biennale di Venezia) se reuniu hoje, quinta-feira, 15 de dezembro de 2022 e, conforme indicação do presidente Roberto Cicutto, nomeou Adriano Pedrosa, atual diretor artístico do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand – MASP, como Diretor do Setor de Artes Visuais, responsável pela curadoria da 60ª Exposição de Arte Internacional, a ser realizada em 2024. Adriano Pedrosa também permanecerá, durante o período, como diretor artístico do MASP.

“Eu me sinto honrado por esta indicação prestigiosa, especialmente por ser o primeiro latino-americano a realizar a curadoria da Exposição Internacional de Arte da  La Biennale di Venezia, e, de fato, o primeiro baseado no hemisfério sul.”, declara Pedrosa.  “A Biennale é com certeza a plataforma mais importante da arte contemporânea no mundo, e embarcar neste projeto é um desafio estimulante e uma grande responsabilidade. Tenho grande expectativa por trazer artistas para Veneza,  realizar seus projetos e por trabalhar com a excelente equipe da Biennale. Por esta oportunidade única, sou grato ao presidente da Biennale, Roberto Cicutto, e a todo o Conselho de Diretores da instituição”, completa.

Para Cicutto, presidente da Biennale di Venezia: “A escolha do Adriano Pedrosa como curador da 60ª Exposição Internacional de Arte da La Biennale di Venezia é o resultado de um processo que amadureceu com a nossa experiência de trabalho com a Cecilia Alemani. Acredito que é essencial dar continuidade ao que emergiu da exposição anterior (este também foi o caso da nomeação da Lesley Lokko, na sequência da Exposição Internacional de Arquitetura curada por Hashim Sarkis) para direcionar nossa próxima escolha. Pedrosa, um respeitado curador e o diretor do importante Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand, Brasil (projetado pela arquiteta italiana Lina Bo Bardi), é conhecido pela competência e originalidade que tem demonstrado na concepção de suas exposições, com uma visão aberta para o contemporâneo, e trabalhando a partir de um ponto de observação que não desconsidera a natureza de seu local de origem. Em vez de restringir sua visão, isso a estendeu para um debate indispensável, para que a agora, mais do que nunca, a Biennale possa abordar a arte contemporânea não para fornecer um catálogo do existente, mas para dar forma às contradições, diálogos e parentescos sem os quais a arte permaneceria um enclave desprovido de seiva vital. Eu gostaria de agradecer ao Conselho de Diretores da Biennale por me acompanharem nesta decisão.”

O Conselho da La Biennale di Venezia também aprovou as datas da 60ª Exposição Internacional de Arte, que será realizada de 20 de abril a 24 de novembro de 2024 (a pré-abertura acontece nos dias 17, 18 e 19 de abril).

 Sobre Adriano Pedrosa

Pedrosa foi curador adjunto da 24ª Bienal de São Paulo (1998), curador responsável pelas exposições e coleções do Museu de Arte da Pampulha, Belo Horizonte (2000-2003), co-curador da 27ª Bienal de São Paulo (2006), curador do InSite_05 (San Diego Museum of Art, Centro Cultural Tijuana, 2005), diretor artístico da 2ª Trienal de San Juan (2009), curador da 31ª Panorama da Arte Brasileira-Mamõyaguara opá mamõ pupé (Museu de Arte Moderna, São Paulo, 2009), co-curador da 12ª Bienal de Istambul, e curador do pavilhão de São Paulo na 9ª Bienal de Xangai (2012).

No MASP, realizou importantes exposições, incluindo mostras individuais dedicadas ao trabalho de Tarsila do Amaral, Anna Bella Geiger, Ione Saldanha, Maria Auxiliadora, Gertrudes Altschul, Beatriz Milhazes, Wanda Pimentel, e Hélio Oiticica, bem como as séries em andamento dedicadas a diferentes Histórias: Histórias da infância (2016), Histórias da sexualidade (2017), Histórias Afro-atlânticas (2018), Histórias das mulheres, histórias feministas (2019), Histórias da dança (2020) e Histórias brasileiras (2022).

Recentemente, recebeu o prêmio Audrey Irmas Award for Curatorial Excellence de 2023, concedido pelo Center for Curatorial Studies at Bard College, em Nova York.

Pedrosa possui graduação em Direito pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro e mestrado em Arte e Escrita Crítica pela California Institute of the Arts. Publicou textos e ensaios em Arte y Parte (Santander), Artforum (Nova York), Art Nexus (Bogotá), Bomb (Nova York), Exit (Madri), Flash Art (Milão), Frieze (Londres), Lapiz (Madri), Manifesta Journal (Amsterdam), Mousse (Milão), Parkett (Zurique), The Exhibitionist (Berlim), entre outras.

Sobre a Biennale di Venezia

La Biennale di Venezia foi fundada em 1895 e é hoje uma das mais famosas e prestigiadas organizações culturais do mundo. A Biennale, que se coloca à frente da investigação e a promoção de novas tendências da arte contemporânea, organiza exposições e pesquisas em todos os seus departamentos: Artes (1895), Arquitetura (1980), Cinema (1932), Dança (1999), Música (1930), e Teatro (1934). A sua história está documentada no Arquivos Históricos de Arte Contemporânea (ASAC), que foi completamente renovado nos últimos anos. A Biennale de Arte foi reconhecida como líder mundial em exposições de arte contemporânea e os países participantes aumentaram de 59 (em 1999) para 86 em 2017. A Architecture Biennale também é reconhecida como a melhor do setor.  Site oficial: labiennale.org


Na imagem: Retrato de Adriano Pedrosa. Foto Daniel Cabrel – cortesia MASP

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