Sobre a obra

Sem título

acrílica sobre tela


Sobre o artista

James English Leary

As pinturas de James English Leary (Chicago, EUA - 1982) colocam a figuração contra a abstração, invocando metáforas que nutrem (e satirizam) estados psicológicos do campo no espectador. Em vez de "pintar as pinturas", Leary as constrói a partir das partes componentes da pintura (maca, tecido, cor, nessa ordem) frequentemente empregando um substrato moldado. Os objetos-imagem resultantes e suas propostas flutuantes em direção a uma "linguagem" envolvem humoristicamente as problemáticas de como "ler" uma pintura e conjuram a experiência artística como um rorschach de palhaçada, um drama de legibilidade, que depende da impossibilidade de fazer uma forma que eventualmente não se refiram a algo deste mundo. As formas carnudas das pinturas de James English Leary são provocativamente divertidas, excitantes e com a língua na bochecha. As formas das telas construídas e das formas pintadas são muito sugestivas para serem ignoradas, mas se dissolvem atrevidamente de volta à abstração, a menos que haja qualquer representação fixa. A interação entre abstração e figuração cria um jogo visual que provoca o espectador com associações psicológicas, insinuações visuais e percepção. Para o artista de Nova York, pura abstração é um conceito problemático, pois ele acredita que as pessoas estão conectadas a procurar recursos e dicas visuais reconhecíveis para entender uma imagem. Dessa maneira, James passou a pensar no corpo como um tipo de estrutura ou ponto de vista perceptivo, que ele manipula em seu trabalho para satirizar ideias de interpretação e autoconhecimento.


SIMÕES DE ASSIS GALERIA

São Paulo / SP

Em 1984, Waldir Simões de Assis Filho, fundou a Simões de Assis em Curitiba (Paraná, Brasil), com o profundo desejo de movimentar e descentralizar a produção e a circulação da arte. Desde a sua abertura, a Simões de Assis dirige o seu olhar para a arte moderna e contemporânea, especialmente, para a produção latino-americana. Ao longo de décadas de trabalho, a galeria se especializou na preservação e difusão do espólio de importantes artistas como Carmelo Arden Quin, Cícero Dias, Miguel Bakun e Niobe Xandó, contando com a parceria de famílias e fundações responsáveis. A arte é também aquilo que se produz a partir dos tantos encontros, e do contato estreito com pesquisadores e curadores, a Simões de Assis conseguiu a articulação necessária para difundir e representar seus artistas no Brasil e no exterior. Ao lado da Simões de Assis, em 2011, inaugura a SIM Galeria, dedicada à arte contemporânea, fundada pela segunda geração da família, Guilherme e Laura Simões de Assis. Com o intuito de criar um programa que contemplasse a produção atual, a SIM dedica-se a expor artistas que iniciaram suas práticas a partir da década de 80. Em 2018, as galerias inauguraram um espaço em São Paulo, com o objetivo de somar forças para afirmar o trabalho de produção artística e intelectual, estimulando trocas e debates, além do fomento de carreira de seus artistas. Depois de quase 10 anos em profundo diálogo, a SIM e a Simões de Assis abrem uma conversa uníssona para ser ainda mais potente, e em 2020, unem seus programas.


Outras obras do artista


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