Formada em indumenta?ria e design de moda, em 2013, Maria Fernanda ingressa na EAV- Parque Lage, onde frequenta diversos cursos e passa a se dedicar ao desenho e a? pintura. Vencedora do Prêmio Ibeu 2016, participou de diversas exposições coletivas a convite dos curadores Bri?gida Baltar, Isabel Portella e Marcelo Campos e suas exposições individuais tiveram curadoria de Efrain Almeida e Cesar Kiraly. Seu trabalho integra o acervo do Mar – Museu de Arte do Rio e diversas coleções particulares. “O processo criativo de Lucena e? baseado em vestígios. Tornaram-se temas centrais dos seus trabalhos os lapsos de memo?ria, as paisagens naturais e as dome?sticas, das quais ela e a fami?lia fizeram parte, lembranc?as refrescadas pelos a?lbuns de fotografia, vi?deos filmados pelos pais, e objetos codianos que porventura compunham esses cena?rios. Maria Fernanda tambe?m flerta com os desconhecidos. Frequentadora da feira de antiguidades da Prac?a XV, no centro do Rio de Janeiro, busca rostos e histo?rias em garimpos da de?cada de 1970 e subtrai si?mbolos e signos do que encontra. Todos esses elementos editados no presente, em um jogo de escolhas picto?ricas, compõem as cenas e seus personagens ficcionais. Em um segundo movimento, Lucena opera em uma espécie de arqueologia às avessas. As camadas de tinta devolvem ao passado o que foi prospectado. Os resquícios cronológicos e a simbologia de uma época vão sendo apagados por campos inteiros de cor. Parece haver um lugar para onde as coisas possam retornar, um tempo não-linear, mas oportuno.” Bruna Araújo