Sobre a obra

a uma casa de distância da minha, 2012

península de troia, Portugal


Ficha técnica

fotografia em impressão à jato de tinta em papel algodão, ed. 3 / 3


Sobre o artista

Luiza Baldan

Rio de Janeiro, 1980 | Vive e trabalha no Rio de Janeiro, Brasil. Luiza Baldan é graduada pela Florida International University e mestre pela UFRJ. Uma artista que usa a fotografia e o vídeo como seus principais meios de expressão. Entre suas exposições, destacam-se as realizadas no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, no Paço das Artes, a Travessias 2 (Galpão da Maré), no Instituto Moreira Sales, no Centro Cultural Maria Antônia, no Centro Cultural Banco do Brasil do Rio. Recebeu diversos prêmios como o Prêmio Honra ao Mérito Arte e Patrimônio IPHAN (2013) e o XI Prêmio Marc Ferrez de Fotografia, além de ter participado de diversas residências artísticas em diferentes regiões do Rio de Janeiro, tais como no edifício Rapozo Lopes (Santa Teresa), na Península (Barra da Tijuca) e no Pedregulho (Benfica) e, em 2012, realizou sua primeira residência internacional, no Chile. A artista se pauta no real, mas ao mesmo tempo na capacidade construtiva da fotografia e cria composições não necessariamente verossímeis. Produz imagens que de certa forma criam um recorte temporal, geram uma sensação de que o tempo foi suspenso, aspecto este muito relacionado à luz e aos recortes que faz. Além disso, os lugares em suas obras estão repletos de memórias e vestígios, porém, não sabemos quando os locais foram deixados e se a partida é permanente ou não. A maior parte de suas fotografias falam da ausência. São imagens sem a presença humana, mas que não pretendem dar destaque ao lugar e a sua arquitetura propriamente. Luzia mostra que aqueles espaços foram utilizados, vivenciados, ocupados. Há marcas da presença humana neles, mas ao mesmo tempo há a ausência de seus habitantes. Trata a presença humana de maneiras diferentes em seu trabalhos: como na série ?Diário Urbano?, as pessoas não são personagens, não são feitos retratos delas, elas são elementos de composição da imagem; já na série ?Natal no Minhocão? a relação é outra, pois, como comenta a artista: ?Curiosamente, só faço retrato de pessoas com as quais tenho alguma intimidade de convívio, para tentar estabelecer uma espécie de diálogo através da câmera. Luzia aponta a residência no ?Minhocão?, em 2009, como uma das mais importantes. A residência ocorreu por duas semanas no edifício conhecido como Pedregulho (Rio de Janeiro), obra do arquiteto Affonso Eduardo Reidy, um ícone da arquitetura modernista residencial brasileira. Luiza propôs um projeto de retratos de moradores em que eles seriam ao mesmo tempo objetos e autores (a artista iria ensiná-los a manusear o equipamento fotográfico). Segundo Felipe Scovino: ?Como obra aberta, seus lugares situam-se entre tempos e territórios, preenchidos por silêncios e vazios que se oferecem para serem desvendados pelo espectador, agora na figura de um hóspede, detetive ou intruso. É nessa intersecção, com ausência de fronteiras claras, entre desconforto, estranhamento e reconhecimento que nos colocamos diante das imagens de Baldan. Faz-se presente uma espécie de arqueologia do habitar mas que ambiguamente nunca é ou pode ser um exercício ou um lugar para essa função, porque assim ele não deseja ser.


MERCEDES VIEGAS ARTE CONTEMPORÂNEA

Rio de Janeiro / RJ

Para o ano de 2023 a galeria Mercedes Viegas selecionou para ArtRio trabalhos recentes de três artistas representados que usam a pesquisa como base de seus trabalhos. Marta Jourdan, Goia Mujalli e Franklin Cassaro. Os três trabalham com mídias diferenciadas. Marta Jourdan com esculturas em argila, " Imagine um rio correndo. O rio nunca é o mesmo, está sempre fluindo e alterando a paisagem ao seu redor. Agora imagine as margens desse rio, quando as águas se acalmam e formam poças. Olhe mais de perto e repare que pedaços de madeira, folhas, seixos e pequenos seres estão ali reunidos em assembleia...." trecho de Luisa Mello para exposição da artista em março/abril 2023 Franklin Cassaro apresentará desenhos recentes produzidos em 2023. São três séries: - Sementes fractais noturnas, o artista usa lápis de cor metalizado sobre papeis pretos; - Desenhos mordidos noturnos, o artista dá mordidas no verso de papéis pintados em acrílica iridescente; - Sementes fractais yanomamis são desenhos realizados com lápis de cor sobre papel Canson. Goia Mujalli vive e trabalha em Londres, onde se dedica à pintura. " Em um caminho inverso dos botânicos que acompanhavam as expedições para o Novo Mundo, a artista encontra e (re)conhece folhas e flores do Brasil, em diversos lugares da Europa. E documenta estas histórias em abstrações rítmicas, de ricas cores. Uma delas é sobre a bougainville, que Goia Mujalli encontrou durante uma residência artística na Itália, foi considerada a grande descoberta de uma viagem francesa ao Rio de Janeiro no século 18. " Além do seu alfabeto criado por meio da flora, seu vocabulário visual vai adicionando elementos a cada série. Nas obras em exibição no estande de Mercedes Viegas, a pincelada dialoga com tecidos e bordados, em uma narrativa que vai se construindo ao longo do processo. Além dos três artistas citados acima, também farão parte da ArtRio 2023 os artistas: Antonio Bokel, Everardo Miranda, Francisco Franca, Luiz Monken, Marcia Thompson, Regina de Paula e Robert Kelly.


Outras obras do artista


A ArtRio utiliza cookies para personalizar a experiência do visitante em nosso site, analisar dados e ajudar em iniciativas de marketing. Ao clicar em “aceitar”, você está concordando com os nossos termos.