Sobre a obra
Sem título | UntitledA pintura de Poteiro, com sua característica perspectiva plana e densidade de elementos,
remete à estética da arte popular ao revelar uma complexa narrativa que dialoga com questões culturais e espirituais.
Antônio Poteiro registrou em suas obras as memórias e os símbolos de um Brasil profundo, criando uma poética singular, onde a simplicidade do traço encontra a complexidade do humano.
Sua arte, ao mesmo tempo vibrante e contemplativa, nos convida a mergulhar em um mundo onde o cotidiano se torna extraordinário, e onde o popular encontra a universalidade.
Ao longo de sua carreira, o artista recebeu reconhecimento nacional e internacional, com suas obras sendo expostas em importantes instituições e coleções.
Ficha técnica
Óleo sobre tela
65 X 75 cm
Sobre o artista
Antônio PoteiroAntônio Batista de Souza, o Poteiro: A Poética da Simplicidade Brasileira Nascido em Braga, Portugal, em 1925, Antônio Batista de Souza, conhecido como Poteiro, chegou ao Brasil ainda criança, estabelecendo-se em Goiás, onde construiu uma trajetória artística profundamente enraizada na cultura popular brasileira. Inicialmente conhecido por sua habilidade como ceramista — atividade herdada do seu pai e que lhe rendeu o apelido de “Poteiro” —, Poteiro expandiu sua prática artística com o passar dos anos, dedicando-se também à pintura, além das esculturas em barro. O universo do artista é marcado pela celebração das tradições, das festas populares, das histórias bíblicas e do cotidiano rural brasileiro. Suas telas vibrantes com cores intensas e as esculturas em cerâmica com formas estilizadas são composições repletas de vida e movimento, que equilibram o lúdico e o simbólico, evocando narrativas universais por meio de uma linguagem profundamente brasileira. A pintura de Poteiro, com sua característica perspectiva plana e densidade de elementos, remete à estética da arte popular ao revelar uma complexa narrativa que dialoga com questões culturais e espirituais.
GALERIA ESTAÇÃO
São Paulo / SPCom um acervo entre os pioneiros e mais importantes do país, a Galeria Estação, inaugurada no final de 2004 por Vilma Eid e Roberto Eid Philipp, consagrou-se por revelar e promover a produção de arte brasileira não erudita. A sua atuação foi decisiva pela inclusão dessa linguagem no circuito artístico contemporâneo, ao editar publicações e realizar exposições individuais e coletivas sob o olhar dos principais curadores e críticos do país.