
Sobre a obra
cacho“A vocação dessas peças foi desde o início tornando-se entranha; a tela como tecido humano. ‘Meu compromisso com o trabalho’, diz a artista, ‘é visceral’. Como não podia trabalhar com seus próprios órgãos, Eliane encontrou uma maneira de fazê-lo através da técnica que escolheu. Como pinturas, esses objetos são abjetos e sujos (embora não ‘maus’); como órgãos, poderiam se tornar retratos mórbidos e putrefatos.”
Ficha técnica
sementes, sisal e corda sintética
Sobre o artista
Eliane DuarteEliane Duarte nasceu em 1943 no Rio de Janeiro e teve uma produção artística breve, mas intensa, até seu falecimento prematuro em 2006. Suas obras expandem os limites da tela como suporte e ganham corpo como objetos-amuletos-rezos. Feitos com tecidos, algodão, pigmentos naturais, cera, sementes, corda, penas, moedas e muitos outros elementos, habitam uma mística, ganhando corpo como entidades e forças únicas. Conforme relato de Duarte: “Meu trabalho é quase uma reza, no sentido de fazê-los de forma lenta e por uni-los uns aos outros, costurando-os como se fossem patuás. Queria uma coisa que desse sorte às pessoas e tudo que eu coloco tem a função de amuletos”.
Central Galeria
São Paulo / SPNa Central celebramos a criatividade, a tolerância e a diversidade. Buscamos ser um espaço inclusivo online e offline. Representamos artistas cujas poéticas orbitam o universo da arquitetura e exploram a relação entre sujeito e paisagem urbana sob uma perspectiva decolonial. Temos o compromisso de difundir reflexões sobre a arte contemporânea com um programa que visa transbordar do espaço expositivo para seu entorno – seja através de exposições, conversas, publicações ou projetos especiais.