Sobre a obra

lua cheia


Ficha técnica

Arivanio Alves
Lua Cheia
2021
Raspagem e pintura com tinta PVA sobre placa de PVC
21,5 x 29,8 cm


Sobre o artista

Arivanio Alves

quixelô, ce, 1993. vive e trabalha em juazeiro do norte, ce. Arivanio trabalho com pintura e desenho. A partir da cor e de figuras sinteticamente estruturadas, aproxima-se de cosmovisões ligadas a animais e personagens do cotidiano que se estendem ao uso de suportes inusitados e de um repertório visual característico à cultura visual do Ceará nos seus variados percursos de sociabilidade. Com fundo em memórias afetivas e manobras de antropomorfização, histórias são ressignificadas à luz de dados biográficos, lembranças e fabulações que permeiam toda a formação do artista. Elucubrando encontros entre humano, bicho e vice-versa, fica aberto o vértice para uma horizontalização das vidas. Os contrastes brutos e demarcações evidentes nas expressões das figuras levam a certa atmosfera de tensão e de uma poética do instante. À temporalidade pretérita ou futura, os bichos de Arivanio parecem ainda em movimento. Entre fundos chapados e configurados por sacos de cimento, as composições se complexificam sob certa lógica aversiva a uma ideia abstrata e ideológica de "popular" e a um recorte neutro, universalizante, da história da arte. Em diáspora e processo de retomada de identidade, Arivanio é indígena urbano Kixelô Kariri e carrega o nome ancestral Puluca Kixelô Kariri. Artista, professor e pesquisador, realizou individuais como "Ao mesmo tempo me espalho e continuo aqui" (Aura, SP) e "De corpo e alma" (SESC Iguatu, CE). Dentre as coletivas de que participou, destacam-se a 20a Mostra de Arte e Cultura (SESC Cariri, CE), a Bienal Internacional de Arte Naïf (Museu Municipal de Socorro, SP), o 7o Prêmio EDP nas Artes (Instituto Tomie Ohtake, SP), "Joias da Rainha" (São Paulo Fashion Week 2024, São Paulo), "Chão: Itinerâncias, Tempos" (Centro Cultural Banco do Nordeste, CE), "+100 = 22/Quantos patos na lagoa?" (Galeria B_arco, SP), "Oposto Complementar" (Aura, SP) e "Se arar" (Pinacoteca do Ceará, CE).


Aura Galeria

São Paulo / SP

Atuante no mercado da arte desde 2015, a Aura foi criada como uma plataforma virtual de mapeamento de artistas emergentes que, em 2017, fixou sede em São Paulo. Desde então, passou a atuar como uma galeria de arte em moldes tradicionais e se consolidou como um espaço relevante de fomento à arte contemporânea. O ano de 2022 marca um redirecionamento de seu percurso e atuação no sistema da arte, bem como a inauguração de um novo espaço físico da galeria, no bairro dos Jardins. Trabalhando com diferentes frentes artísticas, a Aura é um ambiente de fomento à diversidade da produção cultural. Com origem de diferentes regiões, inclusive internacionais, o seu corpo de artistas reúne linguagens variadas e propostas pertinentes a questões conceituais, afinadas ao debate cultural contemporâneo. É este grupo de artistas que permite à Aura assumir o desenvolvimento do colecionismo de arte contemporânea como o principal eixo orientador do posicionamento institucional e mercadológico dos seus artistas a nível nacional e internacional.


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