Sobre a obra

Vista do morro Dois Irmãos, Rio de Janeiro, RJ

gelatina de prata | silver gelatin print


Sobre o artista

Thomaz Farkas

Thomaz Jorge Farkas (Budapeste, Hungria 1924 - São Paulo SP 2011).

Fotógrafo, professor, produtor e diretor de cinema. Em 1930, imigra com a família para São Paulo, onde seu pai é sócio fundador da Fotoptica, uma das primeiras lojas de equipamentos fotográficos do Brasil. Associa-se ao Foto Cine Clube Bandeiranes (FCCB) em 1942, e começa a expor em salões nacionais e internacionais. Em livros e revistas importados, conhece os trabalhos de Edward Weston (1886-1964) e Anselm Adams (1902-1984), dois expoentes da fotografia moderna norte-americana. Na década de 1940, fotografa companhias de balé, esportes, paisagens e cenas do cotidiano urbano de São Paulo e do Rio de Janeiro.

Realiza, em 1949, a mostra individual Estudos Fotográficos, no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP), e sete imagens suas passam a integrar a coleção do Museum of Modern Art (MoMA) [Museu de Arte Moderna de Nova York]. Em 1950, com Geraldo de Barros (1923-1998), desenvolve o projeto do laboratório de fotografia no Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp), onde dá aulas no ano seguinte. Paralelamente, faz experimentações em cinema, freqüenta os estúdios da Companhia Cinematográfica Vera Cruz, em São Bernardo do Campo, São Paulo, e inicia correspondência com o documentarista holandês Joris Ivens (1898-1989). Gradua-se em engenharia mecânica e elétrica na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli/USP) em 1953. De 1957 a 1960, fotografa a construção e a inauguração de Brasília. Após o falecimento do pai, em 1960, assume a direção da Fotoptica, cargo que ocupa até 1997.

Entre 1964 e 1972, atua como produtor, patrocinador e, algumas vezes, como diretor de cinema e fotografia em documentários sobre a cultura popular no interior do Brasil no projeto conhecido como Caravana Farkas, que reúne cineastas como Eduardo Escorel (1945), Maurice Capovilla (1936), Paulo Gil Soares (1935), Geraldo Sarno (1938) e o fotógrafo Affonso Beato (1941). Os filmes são premiados em festivais dentro e fora do país, tornando-se referência para o cinema nacional. Em 1969, passa a lecionar fotografia nos Departamentos de Cinema e Jornalismo da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP), onde desenvolve tese de doutorado sobre os métodos de realização de seus documentários.

Lança a revista Fotoptica em 1970, com ensaios de fotógrafos brasileiros e internacionais, e inaugura, em 1979, a Galeria Fotoptica, pioneira na divulgação e comercialização de fotografia no país. A partir de 1990, integra o Conselho Deliberativo da Coleção Pirelli Masp de Fotografia. Assume a direção da Cinemateca Brasileira de São Paulo, em 1993. Em 1997, lança o livro Thomaz Farkas, Fotógrafo e realiza exposição homônima no Masp com trabalhos produzidos nos anos 1940 e 1950.

Em 2005, a Pinacoteca do Estado de São Paulo (Pesp) inaugura a exposição Brasil e Brasileiros no Olhar de Thomaz Farkas, que apresenta, pela primeira vez, imagens coloridas feitas nas décadas de 1960 e 1970. No ano seguinte, parte dessas fotos é reunida no livro Thomaz Farkas, Notas de Viagem.

Fontes:

Foto: https://deixadenerdice.andafter.org/publicacoes/mestres-da-luz-thomaz-farkas.html

Texto: THOMAZ Farkas. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2017. Disponível em: . Acesso em: 04 de Out. 2017. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7

 

 
 


LUCIANA BRITO GALERIA

São Paulo / SP

Criada em 1997, a Luciana Brito Galeria foi uma das protagonistas na consolidação do mercado de arte brasileira. Reconhecida nacional e internacionalmente pela qualidade dos artistas que representa, a galeria realiza um trabalho tanto de difusão da produção brasileira no exterior, quanto de divulgação do trabalho de artistas de relevância mundial no Brasil. A galeria foi inaugurada com quatro importantes artistas contemporâneos brasileiros, Ana Maria Tavares, Mônica Nador, Nelson Leirner e Regina Silveira, e viveu um rápido crescimento. O ano de 1999 foi definitivo para posicionar a galeria como uma das mais importantes do país, com a entrada de Rochelle Costi e Caio Reisewitz, além de duas representações históricas: Geraldo de Barros e Waldemar Cordeiro. Neste mesmo ano, a galeria realizou uma importante exposição individual da artista Lygia Clark seguida de uma completa mostra de desenhos de Leonilson. Nos anos que seguiram, outros artistas importantes passaram pela galeria e ajudaram na sua consolidação, como Anna Maria Maiolino, Dudi Maia Rosa e Mario Cravo Neto. No começo dos anos 2000, iniciou-se na galeria um processo de maior internacionalização, com a representação dos argentinos Leandro Erlich e Liliana Porter, culminando mais tarde com Marina Abramovic, Allan McCollum, Alex Katz e Anthony McCall. Mais recentemente, a galeria assumiu ainda a representação dos espólios de Gaspar Gasparian, Thomaz Farkas e Fernando Zarif. A Luciana Brito Galeria também procura sempre destacar e incentivar as mais novas gerações da arte contemporânea e trabalha na construção e difusão destes artistas do seu programa, como Héctor Zamora, Tobias Putrih, Paula Garcia, Rafael Carneiro e Pablo Lobato. Em 2015 a Luciana Brito Galeria passou a ocupar a residência modernista Castor Delgado Perez, na Av. Nove de Julho, em São Paulo, tombado pelo patrimônio histórico, assinado pelo arquiteto Rino Levi, com projeto paisagístico de Burle Marx e Rino Levi. Após a revitalização da residência a Luciana Brito Galeria deu início a um projeto em que a herança arquitetônica modernista e questões urbanísticas integram-se à produção visual contemporânea, em busca de novas formas de perceber e mostrar arte, retomando os preceitos modernistas de integração entre arte e vida.


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