Sobre a obra

Nada além de flores, 2022


Ficha técnica

acrílica sobre tela


Sobre o artista

Marcelo Mello

Não Pinto Sozinho, Tenho o Mundo Debruçado Sobre Meus Ombros Brasileiro, gay, nascido no subúrbio do Rio de Janeiro, mais especificamente na Ilha do Governador, atualmente morador de Santa Teresa, Marcelo Mello propõe reapresentar valores e atitudes desgastadas e / ou normalizadas do nosso dia-a-dia. Segundo o próprio artista: “Busco a Pintura no meu cotidiano. O meu trabalho começa a partir da observação do que ocorre nas ruas, das andanças pela comunidade em que estou inserido e, como um cronista, me interesso pelo o que é popular, comum, pelas superfícies e o acaso nas ações sofridas por elas. Pinto com o intuito de ampliar vozes e falar de questões como: representatividade, dignidade, racismo, exclusão e violência, mas sempre tendo em mente que sou pintor e parte ativa do meu contexto social”. Ranhuras, pixos, massas nas paredes, umidade... são equiparados às técnicas tradicionais da Pintura como impastos, veladuras, afrescos e pigmentações na construção de suas telas, que têm, na edição e ressignificação de imagens vindas de artistas que o antecederam, diálogo com a História da Arte. “A formação de um pintor exige conhecimento da História da Pintura e os caminhos que foram tomados desde, no mínimo, a Renascença. Isso, no meu caso, além de formar pensamento crítico, ajudou a construir um repertório iconográfico que aplico e edito constantemente em minhas telas, resolvendo assim, também, um desconforto ético em usar situações e pessoas reais. Ao unir imagens de pintores que me formaram e o acaso das composições das ruas, coloco no mesmo tabuleiro, épocas e representações diferentes, atitudes e pensamentos distintos. Com isso, posso tocar em questões da Pintura como: temporalidade, deslocamento de contexto, figura e fundo, planaridade e etc... posso me situar local e temporalmente”. Na singularidade dessas relações, narrativas em superfícies caóticas geralmente, e ao mesmo tempo uma percepção reformulada do cotidiano, onde se tem na Pintura atuação crítica, Mello reavalia e desconstrói sua posição como artista, validando suas escolhas segundo uma autoafirmação: “não pinto sozinho, tenho o mundo debruçado sobre meus ombros”.


MARTHA PAGY ESCRITÓRIO DE ARTE

Rio de Janeiro / RJ

Sensoriar a cena artística em busca de novos talentos e atuar como uma plataforma de lançamento de sua produção fazem parte da missão de nossa galeria e esta tem sido uma prática frequente. Criada em 2013, a galeria tem em seu portfólio artistas de gerações e linguagens diversas e entende que é o seu papel acompanhar o desenvolvimento de suas carreiras e produção para a inserção de seus trabalhos no circuito institucional e no mercado de arte contemporânea. Com a proposta de criar um espaço que permitisse ao espectador um contato mais exclusivo e intimista com a arte, Martha Pagy trouxe a galeria para sua casa, apresentando as obras num ambiente e cenário propícios à fruição e à reflexão, e oferecendo atendimento personalizado que inclui visita às exposições guiadas pelos sócios-diretores e a possibilidade de consulta à biblioteca de livros de arte no próprio espaço da galeria. Há mais de 20 anos Martha Pagy dedica-se à promoção da arte, no campo institucional e privado. Foi uma das responsáveis pela formulação do perfil de atuação do Centro Cultural Banco do Brasil no Rio de Janeiro, desde sua inauguração, em 1989, até 2003. À frente de sua empresa, desde 2006 vem agenciando artistas e desenvolvendo projetos de curadoria, consultoria e produção. De 2007 a 2012 dirigiu o Largo das Artes, no Centro histórico do Rio, onde realizou exposições de arte contemporânea e promoveu o lançamento de jovens talentos na cena artística brasileira.


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