Sobre a obra
Dois morcegos chineses, 2021Ficha técnica
papel de fibra de bambu chinês para caligrafia chinesa, duas cédulas chinesas de 5 Renminbie e moeda chinesa da prosperidade
Sobre o artista
Franklin CassaroFranklin Cassaro é um dos principais artistas surgidos na década de 90. A sua geração retomou o fio experimental tão característico da arte brasileira nos anos 60 e 70. Ele tomou a obra de Lygia Clark como um ponto de partida. Não é o único, mas o principal. Interessam, acima de tudo, os processos de formalização e não o objeto em si. A precariedade e a contenção irmanam-se. O gesto escultórico de Cassaro não se esconde na forma, ele é a própria forma, que se revira, se desfaz e se refaz continuamente. Os seus reviramentos, infláveis e performances, revelam uma forma-processo que não se deixa cristalizar, que não pára de germinar e inventar novos organismos poéticos, ao mesmo tempo estranhos e sensuais. Luiz Camillo Osorio, Março de 2006.
Na imagem: Franklin Cassaro na ArtRio 2018. Foto por Bruno Ryfer
MERCEDES VIEGAS ARTE CONTEMPORÂNEA
Rio de Janeiro / RJPara o ano de 2023 a galeria Mercedes Viegas selecionou para ArtRio trabalhos recentes de três artistas representados que usam a pesquisa como base de seus trabalhos. Marta Jourdan, Goia Mujalli e Franklin Cassaro. Os três trabalham com mídias diferenciadas. Marta Jourdan com esculturas em argila, " Imagine um rio correndo. O rio nunca é o mesmo, está sempre fluindo e alterando a paisagem ao seu redor. Agora imagine as margens desse rio, quando as águas se acalmam e formam poças. Olhe mais de perto e repare que pedaços de madeira, folhas, seixos e pequenos seres estão ali reunidos em assembleia...." trecho de Luisa Mello para exposição da artista em março/abril 2023 Franklin Cassaro apresentará desenhos recentes produzidos em 2023. São três séries: - Sementes fractais noturnas, o artista usa lápis de cor metalizado sobre papeis pretos; - Desenhos mordidos noturnos, o artista dá mordidas no verso de papéis pintados em acrílica iridescente; - Sementes fractais yanomamis são desenhos realizados com lápis de cor sobre papel Canson. Goia Mujalli vive e trabalha em Londres, onde se dedica à pintura. " Em um caminho inverso dos botânicos que acompanhavam as expedições para o Novo Mundo, a artista encontra e (re)conhece folhas e flores do Brasil, em diversos lugares da Europa. E documenta estas histórias em abstrações rítmicas, de ricas cores. Uma delas é sobre a bougainville, que Goia Mujalli encontrou durante uma residência artística na Itália, foi considerada a grande descoberta de uma viagem francesa ao Rio de Janeiro no século 18. " Além do seu alfabeto criado por meio da flora, seu vocabulário visual vai adicionando elementos a cada série. Nas obras em exibição no estande de Mercedes Viegas, a pincelada dialoga com tecidos e bordados, em uma narrativa que vai se construindo ao longo do processo. Além dos três artistas citados acima, também farão parte da ArtRio 2023 os artistas: Antonio Bokel, Everardo Miranda, Francisco Franca, Luiz Monken, Marcia Thompson, Regina de Paula e Robert Kelly.