Sobre a obra

Clara


Ficha técnica

Thalita Hamaoui
Clara 2021
óleo sobre tela
90 x 70 cm


Sobre o artista

Thalita Hamaoui

Thalita Hamaoui (São Paulo, 1981) formou-se em artes plásticas na Fundação Armando Alvares Penteado, em 2006, sob a orientação de Sandra Cinto, com pesquisa no campo da escultura. Integrou grupos de estudos e acompanhamento com artistas como Bruno Dunley, Marco Gianotti, Rodolpho Parigi e Regina Parra, além de ter participado, em 2018, do programa de residência artística do Pivô. No início de sua trajetória, dedicou-se longamente à estamparia, atividade que sempre a influenciaria. Foi com o design têxtil que suas formas orgânicas começaram a surgir, sendo seu principal interesse a dedicação demorada ao desenho e às cores dos tingimentos. Em 2013, Hamaoui passou a focar mais sua pesquisa na pintura, por meio da aquarela e do guache. Todavia, foi na experimentação com tinta a óleo que a artista atingiu a potência de sua gestualidade. Em seus primeiros trabalhos no meio, elementos como casas e pessoas ainda habitavam formalmente as composições, mas sempre de maneira secundária – a paisagem completamente tomada pela natureza já era sua personagem central. Essas paisagens que ainda hoje constrói são fantásticas, quase delirantes, nas quais formas orgânicas se apresentam em cores intensas e camadas de diferentes texturas, criando uma atmosfera inebriante. Suas telas são normalmente produzidas de maneira simultânea, tomando por completo as paredes do ateliê. Algumas demoram meses até serem resolvidas, enquanto outras são finalizadas com muita urgência, imediatez. Hamaoui nunca abandona um trabalho. Ao iniciar duas ou três pinturas ao mesmo tempo, cria um diálogo formal entre elas, que se tornam paralelamente singulares e integrantes de um todo. Dessa forma, a artista vai elaborando um repertório imagético que se repete, mas também se renova, como quem cria um vocabulário próprio dentro das paisagens internas que se erguem pela tinta. Essas formas também são vivas, sempre na iminência da transformação, e provocam movimentos constantes do olhar, que passeia e circula de maneira fluida pela superfície, sem muito distinguir figura e fundo. Thalita Hamaoui foi selecionada pelo edital do Centro Cultural São Paulo de 2017, realizando “Um Passo Irreparável”, sua primeira exposição individual. Entre outras mostras solo estão “A Borda do Mundo” (2020) na Galeria Nave, e “Oferenda” (2019) no ateliê Marilá Dardot, com acompanhamento crítico da artista e de Cristiana Tejo – ambas em Lisboa, Portugal. Dentre participações em coletivas destacam-se “Emotional Ladscapes” (2021) com curadoria de Gisela Gueiros; “Um retrato para um novo mundo” (2021), Casa da Luz, São Paulo; “Mutirão”, Now here (2021), Lisboa; “The Land of no evil” (2019), Off Shoot Gallery, Londres; Infinitess (2019), Lazy Susan Gallery, Nova York; “Zona de coexistência” (2019), um diálogo com a coleção de Duda Miranda, “Áurea” (2018), LÁFF, Hamburgo e “Procession” (2016), Folley Gallery, Nova York.


SIMÕES DE ASSIS GALERIA

São Paulo / SP

Em 1984, Waldir Simões de Assis Filho, fundou a Simões de Assis em Curitiba (Paraná, Brasil), com o profundo desejo de movimentar e descentralizar a produção e a circulação da arte. Desde a sua abertura, a Simões de Assis dirige o seu olhar para a arte moderna e contemporânea, especialmente, para a produção latino-americana. Ao longo de décadas de trabalho, a galeria se especializou na preservação e difusão do espólio de importantes artistas como Carmelo Arden Quin, Cícero Dias, Miguel Bakun e Niobe Xandó, contando com a parceria de famílias e fundações responsáveis. A arte é também aquilo que se produz a partir dos tantos encontros, e do contato estreito com pesquisadores e curadores, a Simões de Assis conseguiu a articulação necessária para difundir e representar seus artistas no Brasil e no exterior. Ao lado da Simões de Assis, em 2011, inaugura a SIM Galeria, dedicada à arte contemporânea, fundada pela segunda geração da família, Guilherme e Laura Simões de Assis. Com o intuito de criar um programa que contemplasse a produção atual, a SIM dedica-se a expor artistas que iniciaram suas práticas a partir da década de 80. Em 2018, as galerias inauguraram um espaço em São Paulo, com o objetivo de somar forças para afirmar o trabalho de produção artística e intelectual, estimulando trocas e debates, além do fomento de carreira de seus artistas. Depois de quase 10 anos em profundo diálogo, a SIM e a Simões de Assis abrem uma conversa uníssona para ser ainda mais potente, e em 2020, unem seus programas.


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