Sobre a obra

série vestígios I, 2004


Ficha técnica

nanquim sobre papel japonês


Sobre o artista

Anna Maria Maiolino

Anna Maria Maiolino (Scalea, Itália, 1942).

Gravadora, pintora, escultora, artista multimídia e desenhista. Muda-se em 1954, devido à escassez provocada pelo pós-guerra, para Caracas, Venezuela, onde estuda na Escuela de Artes Plásticas Cristóbal Rojas entre 1958 e 1960, ano em que transfere-se para o Brasil. Em 1961, inicia curso de gravura em madeira na Escola Nacional de Belas Artes (Enba), no Rio de Janeiro, e integra-se à Nova Figuração, movimento de reação à abstração e tomada de posição frente ao momento político brasileiro. Freqüenta o ateliê de Ivan Serpa (1923-1973), no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM/RJ), e estuda gravura com Adir Botelho (1932), em 1963. No ano seguinte, realiza sua primeira exposição individual na Galeria G, em Caracas.

Em 1967 participa da Nova Objetividade Brasileira, exposição que entre outros preceitos, propunha a superação do quadro de cavalete em favor do objeto, sendo organizada por críticos e artistas, entre eles Hélio Oiticica (1937-1980). Entre 1968 e 1971, estuda no Pratt Graphic Center, em Nova York.

A partir da década de 1970, começa a trabalhar com diversas mídias, como a instalação, a fotografia e filmes. Participa, em Curitiba, do 1º Festival do Filme Super-8, premiada com o filme In-Out, Antropofagia, seu primeiro trabalho em vídeo. Participa também do Festival Internacional do Filme Super-8, no Space Cardin, em Paris; da 5ª Jornada Brasileira de Curta-Metragem, em Salvador; e do 2º Festival Nacional de Curta-Metragem, na Alliance Française du Brésil, no Rio de Janeiro. No final da década de 1970, a artista passa a se dedicar à performances. Em 1978, realiza Mitos Vadios, num terreno baldio da rua Augusta, em São Paulo, e, em 1981, na rua Cardoso Júnior, Entrevidas, quando dúzias de ovos de galinha são espalhados pelo chão, para que o público tivesse que driblar um "campo minado".

Na década de 1980, começa a trabalhar com a argila por influência do artista argentino Victor Grippo (1936-2002). Em 1990, recebe o prêmio de melhor mostra do ano, da Associação Brasileira de Críticos de Arte (ABCA), pela exposição individual realizada em 1989, no Centro Cultural Cândido Mendes (CCCM). Realiza em Nova York, em 2002 exposição retrospectiva acompanhada do livro A Life Line/Vida Afora.

Fontes:

Foto: http://www.gravura.art.br/artistas/anna-maria-maiolino.html

Texto: ANNA Maria Maiolino. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2017. Disponível em: . Acesso em: 25 de Abr. 2017. Verbete da Enciclopédia

 

 
 


MERCEDES VIEGAS ARTE CONTEMPORÂNEA

Rio de Janeiro / RJ

Para o ano de 2023 a galeria Mercedes Viegas selecionou para ArtRio trabalhos recentes de três artistas representados que usam a pesquisa como base de seus trabalhos. Marta Jourdan, Goia Mujalli e Franklin Cassaro. Os três trabalham com mídias diferenciadas. Marta Jourdan com esculturas em argila, " Imagine um rio correndo. O rio nunca é o mesmo, está sempre fluindo e alterando a paisagem ao seu redor. Agora imagine as margens desse rio, quando as águas se acalmam e formam poças. Olhe mais de perto e repare que pedaços de madeira, folhas, seixos e pequenos seres estão ali reunidos em assembleia...." trecho de Luisa Mello para exposição da artista em março/abril 2023 Franklin Cassaro apresentará desenhos recentes produzidos em 2023. São três séries: - Sementes fractais noturnas, o artista usa lápis de cor metalizado sobre papeis pretos; - Desenhos mordidos noturnos, o artista dá mordidas no verso de papéis pintados em acrílica iridescente; - Sementes fractais yanomamis são desenhos realizados com lápis de cor sobre papel Canson. Goia Mujalli vive e trabalha em Londres, onde se dedica à pintura. " Em um caminho inverso dos botânicos que acompanhavam as expedições para o Novo Mundo, a artista encontra e (re)conhece folhas e flores do Brasil, em diversos lugares da Europa. E documenta estas histórias em abstrações rítmicas, de ricas cores. Uma delas é sobre a bougainville, que Goia Mujalli encontrou durante uma residência artística na Itália, foi considerada a grande descoberta de uma viagem francesa ao Rio de Janeiro no século 18. " Além do seu alfabeto criado por meio da flora, seu vocabulário visual vai adicionando elementos a cada série. Nas obras em exibição no estande de Mercedes Viegas, a pincelada dialoga com tecidos e bordados, em uma narrativa que vai se construindo ao longo do processo. Além dos três artistas citados acima, também farão parte da ArtRio 2023 os artistas: Antonio Bokel, Everardo Miranda, Francisco Franca, Luiz Monken, Marcia Thompson, Regina de Paula e Robert Kelly.


Outras obras do artista


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