Sobre a obra
asteróide # 5, 1999Ficha técnica
backfilm adesivado em acrílico, LED e alumínio pintado. ed. 2/6
Sobre o artista
Eduardo Coimbra
Eduardo Coimbra (n. 1955, Rio de Janeiro, Brasil) vive e trabalha no Rio de Janeiro. Cursou engenharia elétrica e história da arte na PUC-Rio de Janeiro.
Coimbra é mais conhecido por suas instalações multimídia site-specific. ?[Meu] trabalho se relaciona com espaço de uma maneira ampla, muitas vezes até forçando esses limites entre interior e exterior dos espaços institucionais da arte, os limites entre os conceitos de arte, arquitetura e paisagem?. ?Meu interesse mesmo é provocar nas pessoas, no espaço físico delas, onde elas vivem, circulam?, afirmou.
Com frequência, Coimbra convida o público a participar diretamente de suas obras. Por exemplo, na obra apresentada em 2011 no Museu de Arte da Pampulha ? Natureza da Paisagem ?, os visitantes são convidados a caminhar sobre gramados amplos cujas bordas se dissolvem em pequenos vasos de grama individuais.
A vegetação e a paisagem externas do museu executado por Roberto Burle-Marx na década de 1940 são trazidas para o interior do museu projetado por Oscar Niemeyer. Em outro conjunto de obras, a série Esculturas, diversos cubos em três tamanhos diferentes (meio metro, 1 metro e 2 metros) são pareados e empilhados, criando espaços e caminhos a serem experimentados pelos visitantes. As faces dos cubos são pretas, brancas ou listradas em branco e preto, criando um dinamismo visual que problematiza a percepção de distâncias e profundidades. Nuvem é uma escultura de imagem e luz, um conjunto de cinco displays de luz dupla-face com 4,7 metros de largura e altura e 50 cm de espessura. As bordas são cobertas com espelhos, subtraindo o volume e o peso dos displays. No centro de cada face há um registro fotográfico sequencial de uma nuvem em expansão. Como um todo, as cinco caixas paralelas criam um casulo luminoso que sugere o volume de uma nuvem que pode ser atravessada pelos visitantes. A escala da escultura interage com o ambiente arquitetônico do entorno, tornando-se um elemento proeminente na paisagem.
No decorrer da carreira de Coimbra, em proximidade com a arquitetura, desenvolveu projetos para espaços habitáveis e pesquisou registros, conceituações e recriações de paisagens, produzindo trabalhos fotográficos, desenhos, colagens, instalações em espaços institucionais, maquetes e projetos para o espaço público. Eduardo Coimbra participou da 29ª Bienal de São Paulo (São Paulo, Brasil, 2010) e da 3ª Bienal do Mercosul, em Porto Alegre (Porto Alegre, Brasil, 2001).
Entre suas coletivas recentes estão: A experiência da arte (CCBB Brasília, Brasília, São Paulo, Brasil, 2014); e Coleção Itaú de fotografia brasileira (Instituto Tomie Ohtake, São Paulo, Brasil, 2013). Algumas de suas individuais mais recentes foram: Fatos Arquitetônicos (Galeria Nara Roesler, Rio de Janeiro, Brasil, 2015); Futebol no Campo Ampliado (Paço Imperial, Rio de Janeiro, Brasil, 2014); 2 Esculturas (Praça Tiradentes, Rio de Janeiro, Brasil, 2013); Entre arquitetura e paisagem (Studio X, Rio de Janeiro, Brasil, 2013); Uma escultura na sala (Casa de Cultura Laura Alvim, Rio de Janeiro, Brasil, 2015); e Projeto Nuvem (Lexus Hybrid Art Project, Moscou, Rússia, 2013).
Fontes:
Foto: http://umolhar.net/pinceladas/a-galeria-nara-roesler-inaugura-exposicao-de-eduardo-coimbra/181-eduardo-coimbra/
Texto: https://nararoesler.art/artists/38-eduardo-coimbra/
MERCEDES VIEGAS ARTE CONTEMPORÂNEA
Rio de Janeiro / RJPara o ano de 2023 a galeria Mercedes Viegas selecionou para ArtRio trabalhos recentes de três artistas representados que usam a pesquisa como base de seus trabalhos. Marta Jourdan, Goia Mujalli e Franklin Cassaro. Os três trabalham com mídias diferenciadas. Marta Jourdan com esculturas em argila, " Imagine um rio correndo. O rio nunca é o mesmo, está sempre fluindo e alterando a paisagem ao seu redor. Agora imagine as margens desse rio, quando as águas se acalmam e formam poças. Olhe mais de perto e repare que pedaços de madeira, folhas, seixos e pequenos seres estão ali reunidos em assembleia...." trecho de Luisa Mello para exposição da artista em março/abril 2023 Franklin Cassaro apresentará desenhos recentes produzidos em 2023. São três séries: - Sementes fractais noturnas, o artista usa lápis de cor metalizado sobre papeis pretos; - Desenhos mordidos noturnos, o artista dá mordidas no verso de papéis pintados em acrílica iridescente; - Sementes fractais yanomamis são desenhos realizados com lápis de cor sobre papel Canson. Goia Mujalli vive e trabalha em Londres, onde se dedica à pintura. " Em um caminho inverso dos botânicos que acompanhavam as expedições para o Novo Mundo, a artista encontra e (re)conhece folhas e flores do Brasil, em diversos lugares da Europa. E documenta estas histórias em abstrações rítmicas, de ricas cores. Uma delas é sobre a bougainville, que Goia Mujalli encontrou durante uma residência artística na Itália, foi considerada a grande descoberta de uma viagem francesa ao Rio de Janeiro no século 18. " Além do seu alfabeto criado por meio da flora, seu vocabulário visual vai adicionando elementos a cada série. Nas obras em exibição no estande de Mercedes Viegas, a pincelada dialoga com tecidos e bordados, em uma narrativa que vai se construindo ao longo do processo. Além dos três artistas citados acima, também farão parte da ArtRio 2023 os artistas: Antonio Bokel, Everardo Miranda, Francisco Franca, Luiz Monken, Marcia Thompson, Regina de Paula e Robert Kelly.