Sobre a obra
sem título, 2019Ficha técnica
fotografia em duratrans sobre backlight, , ed. PA + 15
Sobre o artista
Daniel Senise
Daniel Senise Portela (Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1955).
Daniel Senise é um dos representantes da chamada Geração 80, marcada pelo processo de retomada da pintura no Brasil. Desde o final da década de 1990, sua prática artística consiste no que pode ser descrito como "construção de imagens". O processo começa com a impressão de superfícies – como pisos de madeira ou paredes de concreto – sobre tecidos, à maneira de monotipias. Esse material serve de base para suas obras, seja como área a ser trabalhada ou como fragmento a ser colado sobre outra imagem, frequentemente, fotográfica.
Sua produção tem forte relação com o espaço, cujos restos são incorporados aos trabalhos, de modo que ele passa a ser apresentado não só como figuração, mas também como matéria exposta. Cerâmicas quebradas, barras de metal, pedaços de madeira, poeira, entre outros elementos encontrados, são fixados sobre as imagens, servindo como anteparos que dificultam com que ela seja vista e, ao mesmo tempo, ressaltam seu caráter de rastro. Cria-se um jogo entre a realidade da matéria e sua representação. Por outro lado, o tempo também se faz fundamental, sobrepondo cronologias, gestos e vivências, a partir das complexas relações entre permanecia e desaparecimento.
Senise nasceu no Rio de Janeiro, em 1955, cidade onde vive e trabalha. Algumas de suas principais exposições individuais incluem: Daniel Senise: Todos os santos, no Instituto Tomie Ohtake (ITO) (2019), em São Paulo, Brasil; Antes da palavra, na Fundação Iberê Camargo (FIC) (2019), em Porto Alegre, Brasil; Printed Matter, na Galeria Nara Roesler (2017), em Nova York, Estados Unidos; Quase aqui, no Oi Futuro Flamengo (2015), no Rio de Janeiro, Brasil; 2892, na Casa França-Brasil (2011), no Rio de Janeiro, Brasil. Participou de diversas bienais e mostras coletivas, incluindo a Anozero’19, 3ª Bienal de Coimbra, Portugal (2019); as 18ª, 20ª, 24ª e 29ª edições da Bienal de São Paulo, Brasil (1985, 1989, 1998 e 2010); e a 44ª Biennale di Venezia, Itália (1990); Modos de ver o Brasil: Itaú Cultural 30 anos, na Oca (2017), em São Paulo, Brasil; Os muitos e o um: arte contemporânea brasileira, no Instituto Tomie Ohtake (ITO) (2016), em São Paulo, Brasil; e Las Américas Latinas — Las fatigas del querer, no Spazio Oberdan (2009), em Milão, Itália. Possui obras em importantes coleções, como: Centro de Arte Contemporáneo de Quito, Quito, Equador; Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM Rio), Rio de Janeiro, Brasil; Coleção João Sattamini – Museu de Arte Contemporânea de Niterói (MAC-Niterói), Niterói, Brasil; Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM-SP), São Paulo, Brasil. _____ Daniel Senise is one of the main representatives of Brazil's so-called Generation 80s, whose main endeavour began with a desire to return to, and reinsert painting in Brazilian artistic scene. Since the end of the 1990s, Senise has sought to understand image-making through a constructive process which often relies on memories of the physical space where a certain artwork has been created. In his recent works, through a technique similar to that of a monotype, he often imprints canvases with the texture present on floors. Once ready, this material turns into fragments to be cut and pasted, with the textures becoming pieces of complex collages. Senise's investigations often relate to the memory of places and spaces. Not only will his works figuratively represent specific locations, but he also uses objects found in those specific places, such as broken ceramics, pieces of wood, dust or wall chippings. He therefore intertwines the representation of a site, with its debris, or in other words, its history - he juxtaposes time, memory and the physical presence which stems from them. Senise was born in Rio de Janeiro, in 1955, where he leves and Works. Some of his latest solo shows included:: Daniel Senise: Todos os santos, at Instituto Tomie Ohtake (ITO) (2019), in São Paulo, Brazil; Antes da palavra, at Fundação Iberê Camargo (FIC) (2019), in Porto Alegre, Brazil; Printed Matter, at Galeria Nara Roesler (2017), in New York, USA; Quase aqui, at Oi Futuro Flamengo (2015), in Rio de Janeiro, Brazil; 2892, at Casa França-Brasil (2011), in Rio de Janeiro, Brazil. Main recent group show include: Anozero’19, 3th Bienal de Coimbra, Portugal (2019); 18th, 20th, 24th and 29th Bienal de São Paulo, Brazil (1985, 1989, 1998 e 2010), and the 44th Venice Bienalle, Italy (1990); Modos de ver o Brasil: Itaú Cultural 30 anos, at Oca (2017), in São Paulo, Brazil; Os muitos e o um: arte contemporânea brasileira, at Instituto Tomie Ohtake (ITO) (2016), in São Paulo, Brazil; and Las Américas Latinas — Las fatigas del querer, at Spazio Oberdan (2009), in Milan, Italy. His works are included in important institutional collections, such as: Centro de Arte Contemporáneo de Quito, Quito, Ecuador; Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM Rio), Rio de Janeiro, Brasil; Coleção João Sattamini – Museu de Arte Contemporânea de Niterói (MAC-Niterói), Niterói, Brazil; Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM-SP), São Paulo, Brazil.MERCEDES VIEGAS ARTE CONTEMPORÂNEA
Rio de Janeiro / RJPara o ano de 2023 a galeria Mercedes Viegas selecionou para ArtRio trabalhos recentes de três artistas representados que usam a pesquisa como base de seus trabalhos. Marta Jourdan, Goia Mujalli e Franklin Cassaro. Os três trabalham com mídias diferenciadas. Marta Jourdan com esculturas em argila, " Imagine um rio correndo. O rio nunca é o mesmo, está sempre fluindo e alterando a paisagem ao seu redor. Agora imagine as margens desse rio, quando as águas se acalmam e formam poças. Olhe mais de perto e repare que pedaços de madeira, folhas, seixos e pequenos seres estão ali reunidos em assembleia...." trecho de Luisa Mello para exposição da artista em março/abril 2023 Franklin Cassaro apresentará desenhos recentes produzidos em 2023. São três séries: - Sementes fractais noturnas, o artista usa lápis de cor metalizado sobre papeis pretos; - Desenhos mordidos noturnos, o artista dá mordidas no verso de papéis pintados em acrílica iridescente; - Sementes fractais yanomamis são desenhos realizados com lápis de cor sobre papel Canson. Goia Mujalli vive e trabalha em Londres, onde se dedica à pintura. " Em um caminho inverso dos botânicos que acompanhavam as expedições para o Novo Mundo, a artista encontra e (re)conhece folhas e flores do Brasil, em diversos lugares da Europa. E documenta estas histórias em abstrações rítmicas, de ricas cores. Uma delas é sobre a bougainville, que Goia Mujalli encontrou durante uma residência artística na Itália, foi considerada a grande descoberta de uma viagem francesa ao Rio de Janeiro no século 18. " Além do seu alfabeto criado por meio da flora, seu vocabulário visual vai adicionando elementos a cada série. Nas obras em exibição no estande de Mercedes Viegas, a pincelada dialoga com tecidos e bordados, em uma narrativa que vai se construindo ao longo do processo. Além dos três artistas citados acima, também farão parte da ArtRio 2023 os artistas: Antonio Bokel, Everardo Miranda, Francisco Franca, Luiz Monken, Marcia Thompson, Regina de Paula e Robert Kelly.