Sobre a obra

sem título, 1968


Ficha técnica

gravura e incisões sobre papel metalizado, ed. 5/10


Sobre o artista

Antonio Dias

Antonio Manuel Lima Dias (Campina Grande, Paraíba, 1944).

Antonio Dias iniciou sua carreira na década de 1960, produzindo obras marcadas pelo conteúdo de crítica política na forma de pinturas, desenhos e assemblages típicas do Neofigurativismo e da Pop Art brasileiros, o que lhe rendeu o rótulo de representante da Nova Figuração brasileira. No entanto, sua prática dialoga também com o legado do movimento concretista e com impulso revolucionário da Tropicália. A partir de 1966, ao se auto-exilar em Paris, após críticas sutis à ditadura militar brasileira, o artista entrou em contato com nomes do movimento de vanguarda italiano 'Arte Povera', entre eles Luciano Fabro e Giulio Paolini. Nesse contexto europeu, voltou-se cada vez mais para a abstração, transformando seu estilo.

Em seguida, Dias partiu para a Itália e adotou uma abordagem conceitual, criando pinturas, vídeos, filmes, registros e livros de artista, utilizando cada uma dessas mídias para questionar o sentido da arte. Ao abordar o erotismo, o sexo e a opressão política de forma lúdica e subversiva, construiu uma obra ímpar e conceitual, dotada de sofisticação formal e permeada por questões políticas e críticas contundentes ao sistema da arte. Na década de 1980, voltou novamente sua atenção à pintura, realizando experimentos com pigmentos metálicos e minerais – como ouro, cobre, óxido de ferro e grafite – misturados a aglutinantes diversos. A maioria de suas obras desse período apresenta brilho metálico e contém grande variedade de símbolos – ossos, cruzes, retângulos, falos –, que remetem às suas primeiras produções.

Nascido em Campina Grande, Paraíba, Brasil, em 1944, Antonio Dias viveu e trabalhou durante o final de sua carreira entre Milão, Itália, e Rio de Janeiro, Brasil, onde faleceu, em 2018. Suas obras foram apresentadas em mais de uma centena de exposições individuais e coletivas nas mais importantes instituições do mundo. Algumas de suas principais individuais recentes incluem: Antonio Dias: Ta Tze Bao, na Galeria Nara Roesler (2019), em Nova York, Estados Unidos; Antonio Dias: o ilusionista, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM-Rio) (2018), no Rio de Janeiro, Brasil; Una collezione, na Fondazione Marconi (2017), em Milão, Itália; Antonio Dias – Potência da pintura, na Fundação Iberê Camargo (FIC) (2014), em Porto Alegre, Brasil. Entre as coletivas, é possível destacar: Pop América, 1965–1975, no Mary & Leigh Block Museum at Northwestern University (2019), em Evanston, no Nasher Museum of Art at Duke University (2019), em Durham, e no McNay Art Museum (2018), em San Antonio, todos nos Estados Unidos; Invenção de origem, na Estação Pinacoteca (2018), em São Paulo, Brasil; 33a Bienal de São Paulo, Fundação Bienal de São Paulo (2018), São Paulo, Brasil; Pictures Without Shadows – A Selection from the Kemp Collection, no Stiftung Museum Kunstpalast (SMKP) (2018), em Düsseldorf, Alemanha; Troposphere – Chinese and Brazilian Contemporary Art, no Beijing Minsheng Art Museum (2017), em Beijing, China; Mario Pedrosa – On the Affective Nature of Form, no Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía (MNCARS) (2017), em Madri, Espanha. Suas obras estão presentes em importantes coleções institucionais ao redor do mundo como: Daros Latinamerica Collection, Zurique, Suíça; Instituto Itaú Cultural, São Paulo, Brasil; Museum Ludwig, Colônia, Alemanha; Museo de Arte Latinoamericano de Buenos Aires (MALBA), Buenos Aires, Argentina; Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM-SP), São Paulo, Brasil; Museum of Modern Art (MoMA), Nova York, Estados Unidos.

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Antonio Dias began his career in the 1960s, producing works marked by political criticism in the form of paintings, drawings and assemblages typical of Brazilian Pop Art and Neo Figurativism, of which he was one the main representatives. His practice is interwoven by the legacy of the Neo-concrete movement and an early awareness of the revolutionary impetus of Tropicalia. In 1966, during his self-exile in Paris after subtle criticism from the Brazilian military dictators, the artist came into contact with artists of the Italian avant-garde movement Arte Povera, namely Luciano Fabro and Giulio Paolini. In the European context, he increasingly turns to abstraction, transforming his style.

In Italy, he adopted a conceptual approach to painting, filmmaking, audio-recordings and artist books to question the meaning of art. His playful and subversive approach towards eroticism, sex, and political oppression constructed a unique artistic production, filled with formal elegance transversed by political issues and a poignant critique towards the system of art. In the late 1970's, Dias went to Nepal to learn how to produce a special type of artisanal paper that he would use until the next decade. In the 1980s, his production once again focused on painting, experimenting with metallic and mineral pigments, such as gold, copper, iron oxide and graphite, mixing these with a variety of binding agents. Most works produced during this time have a metallic sheen and feature a vast array of symbols –bones, cross, rectangle, phallus–, an underlying correlation with the artist’s earlier production.

Antonio Dias was born in 1944 in Campina Grande, in Brazil’s northwest region. He lived and worked between Milan, Italy and Rio de Janeiro, Brazil, having also lived in France, Austria and Germany. Dias died in 2018 in Rio de Janeiro, Brazil. His works have been exhibited in several institutions all over the world. Recent solo exhibitions include: Antonio Dias: Ta Tze Bao, at Galeria Nara Roesler (2019), in New York, USA; Antonio Dias: o ilusionista, at Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM Rio) (2018), in Rio de Janeiro, Brazil; Una collezione, at Fondazione Marconi (2017), in Milan, Italy; Antonio Dias – Potência da pintura, at Fundação Iberê Camargo (FIC) (2014), in Porto Alegre, Brazil. Main group shows are: Pop América, 1965–1975, at Mary & Leigh Block Museum at Northwestern University (2019), in Evanston, at Nasher Museum of Art at Duke University (2019), in Durham, and at McNay Art Museum (2018), in San Antonio, USA; Invenção de origem, at Estação Pinacoteca (2018), in São Paulo, SP, Brazil; 33th Bienal de São, Fundação Bienal de São Paulo (2018), São Paulo, Brazil; Pictures without Shadows – A Selection from the Kemp Collection, at Stiftung Museum Kunstpalast (SMKP) (2018), in Düsseldorf, Germany; Troposphere – Chinese and Brazilian Contemporary Art, at Beijing Minsheng Art Museum (2017), in Beijing, China; Mario Pedrosa – On the Affective Nature of Form, at Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía (MNCARS) (2017), in Madrid, Spain. Dias' works are in collections such as: Daros Latinamerica Collection, Zurich, Switzerland; Instituto Itaú Cultural, São Paulo, Brazil; Museum Ludwig, Cologne, Germany; Museo de Arte Latinoamericano de Buenos Aires (MALBA), Buenos Aires, Argentina; Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM-SP), São Paulo, Brazil; Museum of Modern Art (MoMA), New York, USA.


MERCEDES VIEGAS ARTE CONTEMPORÂNEA

Rio de Janeiro / RJ

Para o ano de 2023 a galeria Mercedes Viegas selecionou para ArtRio trabalhos recentes de três artistas representados que usam a pesquisa como base de seus trabalhos. Marta Jourdan, Goia Mujalli e Franklin Cassaro. Os três trabalham com mídias diferenciadas. Marta Jourdan com esculturas em argila, " Imagine um rio correndo. O rio nunca é o mesmo, está sempre fluindo e alterando a paisagem ao seu redor. Agora imagine as margens desse rio, quando as águas se acalmam e formam poças. Olhe mais de perto e repare que pedaços de madeira, folhas, seixos e pequenos seres estão ali reunidos em assembleia...." trecho de Luisa Mello para exposição da artista em março/abril 2023 Franklin Cassaro apresentará desenhos recentes produzidos em 2023. São três séries: - Sementes fractais noturnas, o artista usa lápis de cor metalizado sobre papeis pretos; - Desenhos mordidos noturnos, o artista dá mordidas no verso de papéis pintados em acrílica iridescente; - Sementes fractais yanomamis são desenhos realizados com lápis de cor sobre papel Canson. Goia Mujalli vive e trabalha em Londres, onde se dedica à pintura. " Em um caminho inverso dos botânicos que acompanhavam as expedições para o Novo Mundo, a artista encontra e (re)conhece folhas e flores do Brasil, em diversos lugares da Europa. E documenta estas histórias em abstrações rítmicas, de ricas cores. Uma delas é sobre a bougainville, que Goia Mujalli encontrou durante uma residência artística na Itália, foi considerada a grande descoberta de uma viagem francesa ao Rio de Janeiro no século 18. " Além do seu alfabeto criado por meio da flora, seu vocabulário visual vai adicionando elementos a cada série. Nas obras em exibição no estande de Mercedes Viegas, a pincelada dialoga com tecidos e bordados, em uma narrativa que vai se construindo ao longo do processo. Além dos três artistas citados acima, também farão parte da ArtRio 2023 os artistas: Antonio Bokel, Everardo Miranda, Francisco Franca, Luiz Monken, Marcia Thompson, Regina de Paula e Robert Kelly.


Outras obras do artista


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