Vhils
Alexandre Farto (1987, Lisboa, Portugal) iniciou-se na arte aos treze anos, quando grafitava os muros de Lisboa. Ganhou o mundo como Vhils, nome com o qual assina intervenções e projetos em espaços públicos de cidades nos cinco continentes e além, tendo sido o primeiro artista a realizar uma intervenção na Estação Espacial Internacional, em 2015. Seu trabalho obteve reconhecimento internacional quando expôs ao lado de Banksy no Cans Festival (2008), na Inglaterra. Atuando sempre em estreita conexão com o espaço público, sua prática não se restringe ao grafite. Seja na cidade, ou espaços privados, a arte de Vhils revela a potência do transitório para propor reflexões sobre a identidade e as relações entre indivíduo e sociedade, o sujeito e seu meio. Ao notar as transformações no espaço urbano durante sua juventude, Vhils decidiu, ao invés de agregar novas imagens aos muros, revelar suas camadas, dando a ver sua história. Para isso, ele cria imagens escavando paredes e superfícies com diferentes ferramentas, do estilete aos explosivos, sozinho ou com auxílio de assistentes. Vhils atua como uma espécie de arqueólogo urbano, que tem na destruição seu principal método construtivo. Entre seus principais temas, encontramos não só a paisagem urbana, mas, principalmente, o retrato. Essas são representações dos rostos dos próprios habitantes daquele lugar. Além das paredes, Vhils também se apropria de partes de edifícios, como portas e portões, assim como de cartazes espalhados pela cidade para criar suas composições. Entre as mais de quarenta exposições individuais do artista, destacam-se: Prisma, no Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia (MAAT), em Lisboa, Portugal (2022); Haze, no Cincinnati Contemporary Arts Center, em Cincinnati, Estados Unidos (2020); Incisão, na Caixa Cultural, em Brasília (2019), na Caixa Cultural, em Recife (2014), e na Caixa Cultural, em Curitiba (2014), Brasil; Debris, no Hong Kong Contemporary Art Foundation (HOCA), em Hong Kong (2016). Vhils participou de inúmeros festivais e exposições coletivas, como: the New FuTure, no Modern Contemporary Museum (MOCO), em Amsterdã, Holanda (2021); Post Contemporary – Urban Graphics, no Museum of Contemporary Art (MOCA), em Xangai, China (2019); Understand the Power of Art as a Social Architect, no Urban Nation Museum for Urban Contemporary Art, em Berlim, Alemanha (2018); e Abaixo as fronteiras! Vivam o design e as artes, no Museu do Design e da Moda (MUDE), em Lisboa, Portugal (2016). Suas obras integram diversas coleções institucionais, como as do: Centro Cultural de Cascais, Cascais, Portugal; China Central Academy of Fine Arts Art Museum (CAFA) , Beijing, China; Museu de Arte do Rio (MAR), Rio de Janeiro, Brasil; Museum of Urban and Contemporary Art (MUCA), Munique, Alemanha; Perez Art Museum Miami (PAMM), Miami, Estados Unidos; Victoria & Albert Museum, Londres, Reino Unidos; entre outras.