Sonia Andrade
1935 . Rio de Janeiro, Brasil. Vive e trabalha no Rio de Janeiro, Brasil. Com uma produção pioneira em vídeo no Brasil, Sonia Andrade teve sua carreira artística impulsionada na década de 1970 pelo contexto histórico e artístico do país. Juntamente com um grupo precursor da videoarte, Andrade produziu vídeos de alta carga poética e crítica, que interrogam as complexas relações entre os modos de produção, circulação, mediação, recepção e comercialização, mantendo-se semanticamente atuais. Destaca-se nas películas a maneira como a artista se coloca de frente para a câmera, estrelando com seu corpo as perfomances que têm como público imediato apenas o olhar da máquina fotográfica. No entanto sua produção não se limita à videoarte, mas agrega uma multiplicidade de meios e assuntos manifestados pela artista em experimentações de diferentes perspectivas: Andrade vai do desenho à escrita, da apropriação de objetos à fotografia, de cartões postais à arte-correio, da projeção da imagem à instalação, entre outros. O conjunto total de trabalhos da artista revela as múltiplas camadas de significado que se obtém de cada obra individualmente. A dimensão ético-política, do enigma do tempo e do caráter episódico e relacional, tornam-se evidentes. Sonia Andrade possui trabalhos em coleções públicas de instituições importantes como Centre Pompidou (Paris, França), Getty Research Institute (Los Angeles, E.U.A.), Haward Art Museums (Boston, E.U.A.) e Kunstgewerbemuseum (Zurique, Suíça). Dentre as exposições individuais já realizadas destacam-se: 2011 - Retrospectiva 1974/1993 (Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica – Rio de Janeiro, Brasil); 2010 - Sonia Andrade: Vídeos (Oi Futuro – Rio de Janeiro, Brasil); 2005 - Conjunto de cinco vídeo instalações (Centro Cultural Banco do Brasil - Rio de Janeiro, Brasil); 2001 - Exposição individual: vídeo instalação (Paço Imperial - Rio de Janeiro, Brasil); 1999 - Olimpo, Périplo, Apolo, Vênus e Noturno (Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro - Rio de Janeiro, Brasil); 1994 - Hydragrammas (Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo - São Paulo, Brasil); 1984 - Situações Negativas: o passo, o salto, a queda (Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro - Rio de Janeiro, Brasil); 1978 - A Caça (Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro - Rio de Janeiro, Brasil). Dentre as exposições coletivas estão: 2018 - Identity and alterity: shifting representations (Kanal Centre Pompidou - Bruxelas, Bélgica); 2017 - Video Art in Latin America: Selections from Brazil (Rubell Family Collection - Miami, E.U.A.); 2016 - 32ª Bienal de São Paulo – INCERTEZA VIVA (Pavilhão Ciccillo Matarazzo - São Paulo, Brasil); 2006 - Corps Étrangers (Musée du Louvre - Paris, França); 2001 - B & N y de color, latinoamérica: cine, vídeo y multimedia (Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía - Madri, Espanha); 1993 - Vídeoarte, Brasil: pioneiros (Centro Cultural Banco do Brasil - Rio de Janeiro, Brasil); 1981 - Video from Latin America (Museum of Modern Art - Nova York, E.U.A.); 4ème manifestation internationale de livres d’artiste/livres/objects (Centre George Pompidou - Paris, França).