Philippe Decrauzat
Philippe Decrauzat é um dos principais nomes da nova geração de artistas ópticos e cinéticos. Sua produção multifacetada perfaz uma reflexão crítica sobre o legado desses movimentos na história da arte recente e abrange murais, esculturas, instalações, site-specifics e trabalhos em vídeo. O artista recupera noções relacionadas às vanguardas do início do século XX, indo do construtivismo russo ao movimento cinético e ao minimalismo. Linhas, planos, sólidos e sons são articulados de modo a propor situações que estabeleçam diálogo direto com o observador, estimulando o olhar do público. Decrauzat realiza uma revisão da tradição moderna ao mobilizar métodos e teorias que se fazem presentes em campos distintos no âmbito da cultura pop, tais como arquitetura, design gráfico, cinema experimental e ficção científica. Contudo, ele não trabalha apenas com a apropriação. Sua operação se dá muito mais por meio de discretas referências e citações. Decrauzat elege seus temas e formas em função daquilo que apresentam, em termos de qualidades visuais e espaciais. A ênfase de sua prática reside na construção da percepção e da visão. Ao trabalhar o olho como instrumento, ele retoma a compreensão sobre a mecânica do olhar, que, atualmente, encontra-se excluída da maioria dos discursos artísticos em circulação. Philippe Decrauzat nasceu em Lausanne, Suíça, em 1974. Ele vive e trabalha entre Lausanne e Paris, França. Exposições individuais recentes incluem: Replica, na Blueproject Foundation (2019), em Barcelona, Espanha; Double Exposure, na Praz-Delavallade (2019), em Los Angeles, Estados Unidos; Tenir pendant que le balancement se meurt, na Parra & Romero (2017), em Madri, Espanha; Bright Phase, Dark Phase, na Galerie Mehdi Chouakri (2016), em Berlim, Alemanha. Exposições coletivas recentes incluem: Concrete Contemporary – Now is Always also a Little of Yesterday and Tomorrow, no Museum Haus Konstruktiv (2019), em Zurique, Suíça; The Philosophical Eye, na Arte Invernizzi Gallery (2018), em Milão, Itália; Action <-> Reaction. 100 Years of Kinetic Art, no Kunsthal Rotterdam (2018), em Rotterdam, Países Baixos, e Flatland / Abstractions narratives #2, no Musée d'Art Moderne Grand-Duc Jean (MUDAM) (2017), em Luxemburgo, Luxemburgo. Seus trabalhos fazem parte de importantes coleções intitucionais, tais como: Fondation Louis Vuitton (FLV), Paris, França; Kunsthaus Zürich, Zurique, Suíça; Museo de Arte Contemporáneo de Buenos Aires (MACBA), Buenos Aires, Argentina; Museum of Modern Art (MoMA), Nova York, Estados Unidos.