Medusa
Medusa é artista autodidata da Zona Norte Rio de Janeiro que faz parte do Levante Nacional Trovoa. Sua pesquisa reivindica o reconhecimento sobre a bagagem intelectual advinda da rua; o domínio dos códigos de violência e repressão do Estado, e o desenvolvimento de técnicas de subversão furtivas ao maquinário genocida e epistemicida. Participou das exposições Abre Alas 19, Okará-Xirê, Mostra Noix e Semana de arte favelada. O trânsito, o barulho, a superpopulação e o que partilhamos em termos de consciência coletiva sempre foram objeto de estudo para a artista, mesmo antes de se considerar artista. Sua pesquisa começou em 2017 como camelô. O excesso de informações e o trânsito de pessoas são imagens marcadas no inconsciente de quem negocia nas ruas. Medusa estuda o movimento da energia presente nas trocas: o suor, o estresse e o que precisamos desenvolver para prosperar num cotidiano árido, marcado pelas desigualdades estruturais de uma cidade reinada pelo caos. O estudo dos gestos, da linguagem corporal, da oralidade e do modo de gingar no campo dos territórios (físicos-urbanos e simbólicos) são o que compõem o que a artista chama de contorcionismo social.