Mari Gemma
Artista visual desde 2013, quando aos 50 anos inicia na fotografia e na poesia visual, a partir de 2016 ela começa a atuar profissionalmente. Antes, foi farmacêutica industrial, mestre em Saúde e Ambiente, servidora pública, professora e pesquisadora com foco em plantas medicinais, homeopatia e educação ambiental. Filha de imigrantes espanhóis (ela costureira, ele carpinteiro) nasceu em Porto Alegre (RS/Brasil) em 1962. Assim como seus pais, também migrou em busca de melhores oportunidades, morou em São Paulo, Campo Grande e agora em Cuiabá, Centro Geodésico da América do Sul, onde vive há 33 anos. Frequentou cursos livres em artes, destacando-se aqueles realizados com a fotógrafa Jacqueline Hoofendy (on-line - 2016 e 2017) e com o artista em novas mídias Scott MacLeay (presencial, 2018), que desencadearam seu processo criativo. Participou de mentorias com Scott MacLeay (on-line, 2019, Brasil) e Ana da Cunha (on-line, 2020, Espanha) e de residências: Mulheres em Residência (on-line, Brasil, 2021) e IRANRAN INA do Coletivo Ruidosa Alma (on-line, Brasil, 2021). Desenvolve trabalhos que se movem no campo da performatividade com autorretratos e intervenções em espaços naturais ou urbanos, cartografando territórios, produzindo imagens híbridas, vídeos, instalações e poesia visual que fornecem componentes psíquicos com interface à sua biografia. Todas as etapas da produção são realizadas por ela, na perspectiva do conceito de "Artista-etc", de Ricardo Bausmam. Conhecer os determinantes das relações existentes no fenômeno estudado e suas consequências, possibilita uma interpretação da situação vivenciada pela artista e que lhe causa dor, devido à hipersensibilidade decorrente de uma doença autoimune. Para isso, realiza pesquisas intensivas em um banco de dados científicos buscando explicações e, às vezes, realiza entrevistas com pessoas que passaram por situações semelhantes, para posteriormente tecer semelhanças entre seu microcosmo e a coletividade, proporcionando uma forma de abordagem e compreensão do mundo em que vive. Recebeu prêmios, realizou exposições individuais e coletivas, nacionais e internacionais, como 26º Salão Jovem Arte 2021 (Cuiabá / Brasil, 2021), Festival Hercule Florença (2021), Foto em Pauta Tiradentes (2020), Bienal Black Brasil Art. Mulher (in) visível (2019), Festival Internacional FestFoto Bolívia (2018) e FestFoto Porto Alegre (2018). Recebeu o Prêmio MTARTES 2021 de Artes Visuais e 2º lugar na HuellArts DigitaL International Convocation, Espanha, 2021. Foi selecionada em Financiamento Público Estadual (2016, 2020 e 2021) e Municipal (2019) para desenvolver e coordenar projetos com exposições fotográficas, instalações e oficinas. Em Cuiabá, integra o Coletivo Aruaz de Mulheres Fotógrafas e o Coletivo Literário Maria Taquara, neste último com foco na produção de fotopoemas e poesia experimental. Também atua como produtora cultural e curadora independente.