Marcia Xavier
Brasil - 1967
Belo Horizonte,1967 | Vive e trabalha em São Paulo.
A artista plástica parte da fotografia para criar trabalhos nos quais estão presentes investigações sobre a paisagem, sobre o horizonte ou sobre a arquitetura. A isto somam-se objetos ou caixas de luz, que resultam de soluções ou especulações formais. Marcia Xavier participou da 3ª Bienal do Mercosul no Brasil e da 6ª Bienal de Havana em Cuba. Seu trabalho figura em importantes coleções públicas como a Société Générale d?Art Contemporain, na França; Museu de Arte Moderna (MAM) e Banco Itaú, ambas em São Paulo; Museu de Arte Contemporânea (MAC) de Ribeirão Preto; e Museu de Arte Moderna (MAM) - Coleção Gilberto Chateaubriand, no Rio de Janeiro.
No início de sua carreira, durante os anos 90, Márcia Xavier investigava a fotografia a partir do autorretrato. Durante os anos 2000 seu trabalho expande-se para uma busca sobre a imagem e as questões da distorção e apresentação formal, como em Carambola (2000) no qual bolas de sinuca são refletidas e distorcidas nas paredes de um recipiente forrado com alumínio. Trabalhos como Quadra (2003) ou Curva Francesa (2005) refletem seu interesse pelas questões de escala e organização urbana. Sua pesquisa mais recente aproxima-se da arquitetura em trabalhos como Olho d?água (2007), uma instalação que cria distorções espaciais partir da imagem refletida pela água.
Para a curadora Lizette Lagnado, a obra de Xavier apresenta-se como um ?terreno especulativo, no qual certas fotografias permanecem guardadas anos a fio até conquistar uma linha que determine seu destino (...) Curioso observar que o interesse de Marcia Xavier fixou-se em jogos de precisão, cuja movimentação depende de uma parceria. Embora regidos por um sistema de regras e cálculos, envolvem uma ?percepção abstrata do mundo?, a indeterminação de lances que bifurcam.?
Fontes:
Foto: http://festivalserrinha.blogspot.com.br
Texto: https://carbonogaleria.com.br/obra/curva-francesa-180#biografia