Nascida em uma pequena ilha chamada Florianópolis, Marize foi a primeira de 7 filhos. Seu pai, um empresário visionário e um dos grandes pioneiros do Sul do Brasil, trazia de suas viagens experiências de várias partes do mundo. De sua mãe herdou o gosto pelo estético e pelos trabalho manuais. O primeiro olhar para a figura, se deu em tenra idade – tentou trazer para o papel, o contorno de uma mamadeira. Naquele momento, o desafio de ser uma artista a tomou por toda a vida. Mãe de 3 filhas e vó de 7 netos, Marize experimentou várias formas de arte. Foi designer de moda, branding, pintou aquarela, nanquim, carvão, grafite, e depois dos 50 anos decidiu apontar para a arte digital - atualizando e ampliando consideravelmente o universo de possibilidades. Depois de um período em Viena - dedicado a observar museus em 2015 - se deu conta da ausência de artistas femininas em toda a história da arte. Foi quando se sentiu estimulada a usar de fragmentos de obras de grandes mestres "masculinos" em releituras contemporâneas. "A maioria das mulheres, somando o papel de mãe, tarefas domésticas, e servindo seus homens, morrem ocultas - com toda a sua inteligência, sua arte e seus talentos" - clama a artista.