Luiz Escañuela
Luiz Escañuela (1993, São Caetano do Sul, Brasil) tem na pintura a sua principal forma de expressão. Sua pesquisa se dirige para a figura humana, abordando-a em quadros em que corpos ora aparecem fragmentados, como rosto, mãos, torsos e pés, ora integram as amplas e dramáticas composições do artista que fazem convergir história e alegoria política. A temporalidade, em Escañuela, se faz perceber não só na demorada feitura de suas telas, mas nos atravessamentos de imagens e narrativas que fundamentam sua versão de um contemporâneo anacrônico. Este, por sua vez, é capaz de convocar reflexões sobre a necessidade de enfrentamento das crises do presente, assim como dos traumas do passado. Na nitidez de suas imagens, que supera aquela da fotografia, percebemos a atenção do artista para o detalhe. A pintura de Luiz Escañuela se estabelece no pormenor, jogando com as possibilidades entre o visível e o invisível, tornando perceptível aquilo que muitas vezes se perde em meio ao todo, deixando formas incompletas, ausentes, ou imersas em sombra. O domínio técnico do artista, assim como sua compreensão da luz e seu interesse pela figuração, levaram-no a uma abordagem radical do realismo, criando uma ficção detalhada de corpos, mapas, cenas e gestos capazes de perturbar, sem deixar, contudo, de seduzir o olhar, reconvocando-o insistentemente. Entre as exposições individuais do artista, encontram-se: Não se Esqueça do que é Épico, na Usina Luis Maluf, em São Paulo, Brasil (2022); DISRUPTO, na Galeria Luis Maluf, em São Paulo, Brasil (2019). Participou das mostras coletivas: Santos 2022, no Museu de Santos, em Santos, Brasil (2022); Tangentes II, na Galeria Luis Maluf, em São Paulo, Brasil (2021); Drive-Thru Art, na ARCA, em São Paulo, Brasil (2020); Menu degustação, na Galeria Luis Maluf, em São Paulo, Brasil (2018); Compartiarte, no Centro Brasileiro Britânico, em São Paulo, Brasil (2017); e Rotas Show, no Museu Belas Artes, em São Paulo, Brasil (2015); entre outras.