Lidia Lisbôa
1970, Guaíra, PR, Brasil. Vive e trabalha em São Paulo. Lidia Lisbôa trabalha com escultura, gravura, pintura, costura e crochê. Sua prática artística desenvolve-se na intersecção entre objeto de arte, performance e ritual. Cada passo dado na construção de sua poética aponta para um desdobramento na forma de ação performativa. A produção de peças têxteis em performances elabora o ato de tecer como prático e reflexivo. O uso do tecido e materiais descartados constitui uma estrutura fundamental na eloquência de sua linguagem, que aborda presente e passado por meio de temáticas autobiográficas, territoriais e ancestrais. Este elo acaba por sublevar o trabalho da artista a um campo de ação política e social à medida que faz despontar uma perspectiva crítica de gênero. Sua expressividade manual é, assim, embebida de uma complexidade que se mostra tanto como poética sensível quanto um ato de resistência. Lisbôa foi contemplada com o II Prêmio Nacional de Expressões Culturais Afro-Brasileiras (Galeria Fibra, 2012) e com o Prêmio Maimeri 75 anos (Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo, 1998). Dentre suas principais exposições individuais, destacam-se: Acordelados, Galeria Millan, São Paulo, SP (2022); Memórias do Afeto, Centro Cultural Santo Amaro, São Paulo, SP (2021); Vestidos & Cupinzeiros, Galeria Espaço Caixa Branca, São Paulo, SP (2019); Performance Corpos e Tramas, SESC Pinheiros, São Paulo, SP (2018); Casulos, IPN - Instituto Pretos Novos, Rio de Janeiro, RJ (2015); Vila das Oyas, Fibra Galeria, São Paulo, SP (2012); Pinturas e Cerâmicas, Associação Cairuçu, Rio de Janeiro, RJ (2004); Pinturas, Central das Artes, São Paulo, SP (2003); Cerâmicas, Instituto Goethe, São Paulo, SP (1997); entre outras. Integrou mostras coletivas, como Carolina Maria de Jesus: um Brasil para os brasileiros, Instituto Moreira Salles, São Paulo, SP (2021); Esperança, Museu de Arte Sacra, São Paulo, SP, (2021); Substância da terra: o sertão, Slag Gallery, New York, USA; e Museu Nacional da República, Brasília, DF, (2021); Bienal do Mercosul - Femininos: visualidades, ações e afetos, Porto Alegre, RS (2020); Estratégias do Feminino, Farol Santander, Porto Alegre, RS (2019); Exposição PretAtitude, SESC-SP (2018-2019); Ocupação Conceição Evaristo, Itaú Cultural, São Paulo, SP (2016); Femmes d’argile, Galeria L’Oeil (Aliança Francesa), São Paulo, SP (2011); Celebração à Primavera, Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo, SP (2002); Mapas Urbanos, Fundação Bienal e Museu de Arte Contemporânea da USP, São Paulo, SP (1998); e Tridimensional, Museu Brasileiro de Escultura – MuBE, São Paulo, SP (1997).