León Ferrari
Argentina - 1920 - 2013
León Ferrari (Buenos Aires, Argentina 1920 - idem 2013).
León Ferrari é um dos artistas latino-americanos mais consagrados mundialmente. Em sua prática artística, faz uso de distintas linguagens, como a caligrafia, a colagem, a instalação, a escultura, o desenho e o vídeo. Esse conjunto heterogêneo e os temas abordados pelo artista revelam tanto seu caráter enquanto pesquisador e ativista quanto sua preocupação com a investigação estética da linguagem, a partir do questionamento do mundo Ocidental, seus regimes autoritários e a imposição de valores pela religião, pela arte, pela justiça e pelo Estado. Seus trabalhos oferecem observações e comentários irônicos sobre nosso ambiente socio-político ao agenciar figuras de linguagem como metáforas, repetições e aliterações.
Na década de 1960, os desenhos e as esculturas de Ferrari são permeados pelo questionamento ético da religião e a denúncia contra o imperialismo. Em 1976, um golpe militar forçou o artista e sua família a deixarem Buenos Aires, mudando-se para São Paulo, onde permaneceram até a década de 1990. Enquanto esteve no Brasil, Ferrari integrou-se ao circuito de experimentalismos local, envolvendo-se com o processo de revitalização da linguagem através da produção de heliografias, fotocópias e arte postal. Ao retornar à Argentina, o artista continuou a produzir obras de arte politicamente engajadas, questionando os desaparecimentos ocorridos durante a Ditadura Militar. Foi aclamado na Bienal de Veneza de 2007, na qual recebeu o prêmio Leone D'Oro, em reconhecimento por sua obra.
Ferrari nasceu em 1920, em Buenos Aires, onde viveu e trabalhou até sua morte, em 2013. Entre suas principais exposições individuais recentes, é possível destacar: Prosa política de León Ferrari, no Museo Municipal de Bellas Artes Juan B. Castagnino (MJBC) (2019), em Rosario, Argentina; León Ferrari. Palabras ajenas, no Museo Jumex (2018), na Cidade do México, México; The Words of Others: León Ferrari and Rhetoric in Times of War, no Pérez Art Museum (PAMM) (2018), em Miami, e no Roy and Edna Disney/CalArts Theater (REDCAT) (2017), em Los Angeles, EUA. Exposições coletivas de que participou recentemente incluem: Words/Matter: Latin American Art and Language at the Blanton, no Blanton Museum of Art (2019), The University of Texas, em Austin, Estados Unidos; Géométries Américaines, du Mexique à la Terre de Feu, na Fondation Cartier pour l’Art Contemporain (2018), em Paris, França; Delirious: Art at the Limits of Reason, 1950-1980, no The Metropolitan Museum of Art (The Met Breuer) (2017), em Nova York, Estados Unidos; International Pop, no Dallas Museum of Art (2015), em Dallas, e no The Walker Art Center (2015), em Minneapolis, Estados Unidos; e Encuentros/Tensiones, no Museo de Arte Latinoamericano de Buenos Aires (MALBA) (2013), em Buenos Aires, Argentina. Suas obras integram numerosas coleções, tais como: Daros Latinamerica Collection, Zurique, Suíça; Museo de Arte Latinoamericano de Buenos Aires (MALBA), Buenos Aires, Argentina; Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM Rio), Rio de Janeiro, Brasil; The Museum of Modern Art (MoMA), Nova York, Estados Unidos; e Tate Modern, Londres, Reino Unido.
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León Ferrari is one of Latin America’s most widely acclaimed artists. His practice involves a wide variety of medias, including calligraphy, collage, installation, sculpture, drawing, and video. Ferrari always sought to understand and engage with the aesthetics of language while questioning the Western world, its authoritarian regimes and the imposition of values in religion, politics, and art itself. His works often offers shrewdly ironic observations and comments on the socio-political environment by using figures of speech such as metaphors, repetitions or alliterations.
In the 1960s, Ferrari’s drawings and sculptures were characterized particularly by the questioning of religious ethics and the exposure of Imperialism. In 1976, a military coup forced the artist and his family to leave Buenos Aires for São Paulo, where they remained until the 1990s. While in Brazil, Leon Ferrari participated in experimental artistic groups, joining an attempt to revitalize art language through techniques such as heliography, photocopies and Mail Art. Upon his return to Argentina, Ferrari, who lost his son during that period, continued to be politically engaged through his work, sharply questioning the disappearances that occurred during the Military Dictatorship. In 2017 Ferrari received the Golden Lion Prize at the Venice Biennial.
Ferrari was born in 1920, in Buenos Aires, where he lived and workd until his death in 2013. Some of his latest solo shows include: Prosa política de León Ferrari, at Museo Municipal de Bellas Artes Juan B. Castagnino (MJBC) (2019), in Rosario, Argentina; León Ferrari. Palabras ajenas, at Museo Jumex (2018), in Mexico City, Mexico; The Words of Others: León Ferrari and Rhetoric in Times of War, at Pérez Art Museum (PAMM) (2018), in Miami, and at Roy and Edna Disney/CalArts Theater (REDCAT) (2017), in Los Angeles, USA. Recent group shows are: Words/Matter: Latin American Art and Language at the Blanton, at Blanton Museum of Art (2019), The University of Texas, in Austin, USA; Géométries Américaines, du Mexique à la Terre de Feu, at Fondation Cartier pour l’Art Contemporain (2018), in Paris, France; Delirious: Art at the Limits of Reason, 1950-1980, at The Metropolitan Museum of Art (The Met Breuer) (2017), in New York, USA; International Pop, at Dallas Museum of Art (2015), in Dallas, and at The Walker Art Center (2015), in Minneapolis, USA; and Encuentros/Tensiones, at Museo de Arte Latinoamericano de Buenos Aires (MALBA) (2013), in Buenos Aires, Argentina. His works are included in major public collections such as: Daros Latinamerica Collection, Zurich, Switzerland; Museo de Arte Latinoamericano de Buenos Aires (MALBA), Buenos Aires, Argentina; Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM Rio), Rio de Janeiro, Brazil; The Museum of Modern Art (MoMA), New York, USA; and Tate Modern, London, UK.