Lenora Barros
Brasil - 1953
São Paulo, SP, 1953 | Vive e trabalha em São Paulo, Brasil.
Poeta e artista plástica, Lenora de Barros realiza fotografias, vídeos, instalações e performances. Realizou exposições individuais e coletivas em instituições conceituadas como o Centro Universitário Maria Antonia (São Paulo), o Paço Imperial (Rio de Janeiro), o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, a Casa Daros (Rio de Janeiro), o Centro Cultural Banco do Nordeste (Fortaleza), a Fundação Proa (Buenos Aires), a Trienal Poli/Gráfica de San Juan de 2012, a Bienal de Lyon de 2011, as 29ª, 24ª e 17ª Bienais de São Paulo, a 7ª e 5ª Bienais do Mercosul (Porto Alegre), o Museu da Cidade de Lisboa. Suas obras fazem parte das coleções do Museu d?Art Conteporani de Barcelona, da Daros Latinoamerica, do Museu de Arte Moderna de São Paulo e do Centro Cultural São Paulo.
Formada em linguística pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH/USP) na década de 1970, Lenora inicialmente explorou a palavra em forma de texto. Trabalhou em importantes veículos de comunicação, como o Jornal da Tarde, em que, entre 1993 e 1996, escrevia semanalmente uma coluna experimental.
Influenciada pelo Concretistmo, principalmente pela poesia concreta, suas formas de expressão se ampliaram e seu trabalho com a palavra ganhou outros corpos, entrando no campo propriamente da arte contemporânea. Como comenta a artista: ?Eu passei a tentar explorar a linguagem de todos os ângulos.?
Em Procure-me (2003), a artista criou um cartaz em que há quatro diferentes imagens de si, em uma composição que nos faz pensar nas mutações de Cindy Sherman, num jogo de ser e não ser, e os espalhou por Curitiba. O vídeo mostra Lenora em movimento pela cidade, com sua bagagem (também com o mesmo dizer) e seus cartazes, e as reações das pessoas ao se depararem com eles e com a artista em movimento.
As bolinhas de ping-pong foram exploradas primeiramente em sua exposição individual Poesia é coisa de nada, realizada em Milão, em 1990. Nela, a artista colocou 5.000 bolas no chão do espaço, junto de uma almofada de veludo vermelho no centro. Todas as bolinhas foram gravadas com o título da mostra. As bolinhas estiveram também na segunda edição do Arte-Cidade - A Cidade e Seus Fluxos (1994), criando um jogo visual e sonoro. Desde então, tais elementos pontuam sua trajetória artística, mostrando-se de diferentes formas e sob suportes diversos. Em 2000, na instalação Ping-poema para Boris, a artista expandiu o campo exploratório para outras peças relacionadas a elas, como raquetes, redes e mesas.
Segundo Marilia Martins, professora da PUC-Rio e da Escola de Artes Visuais do Parque Lage: ?Para Lenora, o mesmo movimento de exibir-se é também o de esconder-se em si mesma, nas muitas dobras e interseções de linguagem que compõem suas trabalhos. Os personagens de Lenora também transitam entre textos, imagens e sons, às vezes em trilhas paralelas, às vezes discordantes. São apenas vozes, ou vozes que entram em conflito com as imagens, ou com textos, embaralhando percepções e leituras
Fontes:
Foto: https://carbonogaleria.com.br/obra/engole-o-que-disse-542#biografia
Texto: https://carbonogaleria.com.br/obra/engole-o-que-disse-542#biografia