Janet Vollebregt
Tendo iniciado sua trajetória profissional na arquitetura, a artista Janet Vollebregt (1969, Leiden, Holanda) atua nos limites entre o visível e o invisível, propondo formas e espaços voltados para o desenvolvimento de experiências sensíveis. Sua pesquisa de caráter transdisciplinar parte de uma perspectiva holística para estabelecer a harmonia entre energias individuais e coletivas a partir da percepção da energia sutil, uma espécie de força intermediária entre o mundo físico e o espiritual. Entre os fundamentos de sua prática encontram-se práticas e conhecimentos tradicionais do oriente, aprofundados pela artista em suas recorrentes viagens para a Ásia e pelo estudo contínuo da filosofia japonesa do Jin Shin Jyutsu, além de saberes expressos em outras doutrinas como o Xintoísmo e o Budismo. As instalações, intervenções, esculturas e objetos interativos de Janet Vollebregt visam provocar a autoconsciência energética do corpo. O uso de cristais em suas composições visa investigar amplamente as possibilidades estéticas do material, para além da sua visualidade, investindo na ampliação do campo sensorial para estabelecer uma conexão com o todo. Sua prática visa a articulação entre conhecimentos técnicos e filosofias voltadas para uma ampla compreensão da natureza. Um dos marcos de sua pesquisa é o projeto Refazenda, em Alto Paraíso de Goiás, próximo ao Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros. Em 2006, Vollebregt mudou-se para a região, onde residiu por uma década. Ali a artista desenvolveu este que é um de seus mais ambiciosos projetos, conjugando natureza, arquitetura, arte e design com objetivo de restaurar a harmonia entre esses elementos. Atualmente, a artista vive e trabalha entre o Brasil e a Holanda. Entre as exposições individuais recentes da artista, destacam-se: Esférica, no Museu Nacional da República (MUN), em Brasília, Brasil (2022); Nurturing Space, no Marktsteeg 10, em Leiden, Holanda (2019); e Art.Chi.Texturas, na Galeria Espaço Aberto, em Alto Paraíso de Goiás, Brasil (2016). Seus trabalhos integraram exposições coletivas como: A Celebration of the Golden Time, na Casa Fares, em São Paulo, Brasil (2023); Curva - Ponto, no Museu de Arte Contemporânea (MACS), em Sorocaba, Brasil (2022); Imagine Intuition, no Museum De Lakenhal, em Leiden, Holanda (2022); Circular, na Praça Adolpho Bloch, em São Paulo, Brasil (2022); Transformation, na Est Art Foundation, em Leiden, Holanda (2021).