Hildebrando de Castro
(Olinda, 1957) Autodidata, Hildebrando de Castro inicia sua produção artística no final dos anos 1970 e, desde então, cria pinturas que impressionam pelo preciosismo da execução, seja qual for a técnica adotada. Sua primeira exposição individual é realizada em 1980, no Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro, onde apresenta uma série de desenhos figurativos. Sentindo-se limitado pelo lápis de cor, o artista migra para o pastel seco, material que adota em seus trabalhos ao longo de 15 anos – até sentir-se outra vez limitado e, em 1999, voltar-se para os estudos com tinta a óleo. Na mesma época, muda-se para Nova York, onde reside por 11 anos e dedica-se ao aprimoramento da técnica de óleo sobre tela, atingindo a mesma precisão que obtia com o pastel. Nos anos 1990, sua produção é marcada pela representação de figuras comuns ou excêntricas, dramatizadas e retratadas de forma extravagante. O enquadramento e a luz da fotografia são referência para o desenvolvimento de suas pinturas. “Impossível não se deixar envolver pela beleza estranha destes quadros. Técnica e formalmente são obras admiráveis, que revelam o virtuosismo do autor. Estas imagens revelam uma visão de mundo particularíssima, configuram um universo absolutamente pessoal, o que não quer dizer intimista ou confessional”, escreveu o crítico Frederico Morais, na ocasião da mostra de Hildebrando na galeria Camargo Vilaça, em 1997. Nos anos 2000, o artista pinta retratos de rostos difusos, paisagens indefinidas e brinquedos sempre um tanto mórbidos. Já a partir de 2010, desenvolve a série Janelas, representações nítidas e geométricas feitas a partir de fotografias de fachadas de prédios repletas de janelas. As pinturas, em acrílica sobre tela, expõem outra vez a fatura minuciosa e o virtuosismo de Hildebrando, que então estabelece vínculos com o construtivismo e suas vertentes. Entre suas mais importantes exposições, estão individuais no Paço das Artes em São Paulo, em 2009, no Paço Imperial, em 1998, e no Centro Cultural Banco do Brasil, em 1995 (ambos no Rio de Janeiro). Participou de mostras coletivas no Museu de Arte Moderna (de São Paulo e do Rio), no Haus Der Kulturen Der Welt (Alemanha), no Nuremberg Museum (Alemanha), entre outras. O artista vive e trabalha em São Paulo.