Eliane Prolik
Eliane Prolik (Curitiba, Paraná, 1960) trabalha com esculturas, objetos, instalações. Eliane Prolik inicia sua produção tridimensional em 1986, realizando esculturas com base na geometria, criando planos que se desdobram no espaço. Segundo, o crítico Paulo Herkenhoff, as esculturas de Prolik associam-se à produção de Lygia Clark e às esculturas de ferro de Amilcar de Castro. Paralelamente a essas esculturas de filiação neoconcreta, realiza obras que se abrem a outras percepções, explorando o vazio, as reflexões de imagens e as formas de objetos cotidianos. Cria peças de cobre, que podem ter a forma de vaso, contidas uma dentro da outra, ou pêndulos, congelados em seu movimento, ou ainda objetos que fazem alusão a formas geométricas, como cones. Emprega formas curvas, volumes ocos, aparentemente flexíveis e sem peso, que estão em permanente tensão ou em delicado equilíbrio. Os trabalhos da década de 1990 resgatam formas de objetos cotidianos, que assumem outro caráter. Na opinião do crítico Ivo Mesquita, Prolik se apropria dessas formas para repotencializá-las. Nas peças de cobre, explora a superfície, que mantém os gestos da moldagem. Para o crítico Paulo Venâncio Filho, o trabalho com metal repuxado, empregado pela artista nos objetos de cobre, deriva de uma tradição cigana que utiliza essa técnica na fatura de objetos cotidianos. O procedimento, ao ser transposto para as formas escultóricas, impõe ao familiar uma substância poética que o torna subitamente estranho. O som do metal também é sugerido nessas formas, que parecem estar à espera de um toque que desperte nelas uma vibração.