Duda Moraes
Duda Moraes nasceu no Rio de Janeiro em 1985. Após se formar em Desenho Industrial na Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) trabalhou como designer de estampas no escritório Ana Laet onde criou para grandes marcas da moda brasileira tais como Animale, Andrea Marques, Tidsy entre outras. Em 2014, ingressou no curso de imersão ministrado por Charles Watson - Procedência?e Propriedade. A partir de estudos em cadernos, desenvolveu um olhar para cenas do dia-a-dia, que resultaram em uma série chamada Papel Grande, com desenhos de 100x150cm. Os trabalhos, feitos em tinta acrílica aguada e em tons fortes, têm um tema comum de vasos de flor, uma espécie de sutil reflexão sobre?o gênero pictórico “still life” que tanto fascinou os grandes pintores. Em 2015 começa a explorar um novo conceito de forma e cor ocupando com tinta a óleo espaços dominantes e distintos, com a intenção de extrair um abstracionismo de cenas comuns. A série chamada Espaços Soberanos dialoga com a problemática da ocupação do espaço a partir das formas que se organizam através das cores, este projeto resulta em sua primeira individual na galeria Mercedes Viegas?no Rio de Janeiro. A partir de viagens, movimentos e experiências diversas de sua rotina diária, a pintura de Duda explora as barreiras entre o figurativo e o abstrato. Na série Desenhos do Sol, documentada através de fotos que registram seu olhar sobre Lisboa, resultou uma xilogravura disponível no instituto Carpe Diem, instituição na qual realizou sua residência em 2015. Em sua última exposição individual na galeria Celma Albuquerque 2017, o observador é levado junto à artista em uma viagem pessoal ao Peru, onde diversas sombras de verde são interrompidas por cores fortes e espontâneas que nos fazem lembrar um país existente. Atualmente, Duda mora e trabalha em Bordeaux, França onde continua desenvolvendo o projeto intitulado “Andar Imaginário”, que visa buscar a impossibilidade mágica do indizível e traduzi-lo em pintura, através do silêncio que é percebido com os olhos, do olhar atento e presente, em constante movimentação, repleto de curiosidade e indagações. São registros em fotos e cadernos com anotações e desenhos sobre a convivência com as estações vividas no ano, outono, inverno, verão e primavera que já resultam em pinturas menores e menos coloridas mantendo ainda uma grande feminilidade, marca forte do trabalho de Duda.