Daiara Tukano
São Paulo, 1982. Vive e trabalha em Brasília, DF, Brasil Daiara Hori Figueroa Sampaio (São Paulo, SP, 1982), nome tradicional Duhigô, pertence ao clã Erëmiri Hãusiro Parameri do povo Yepá Mahsã, mais conhecido como Tukano. É artista, comunicadora independente, ativista dos direitos indígenas e pesquisadora em direitos humanos. Seu trabalho artístico fundamenta-se na pesquisa sobre as tradições e a espiritualidade de seu povo, especialmente a partir do estudo sobre o Hori. Para tanto, Daiara dedica-se a apreender as visões que alcança em sonhos e nos estudos que realiza junto de sua família, observando também as pinturas que se encontram nos objetos tradicionais de sua cultura, como nas tramas das cestarias, nas cerâmicas, nos bancos, nas pinturas corporais, que fazem alusão à memória de uma mesma história da transformação que é a história Tukano da humanidade. A artista articula uma investigação sobre a cultura de seu povo e experimentações com as formas e a luz, buscando compreender a densidade de suas vibrações, bem como a maneira como estas nos tocam em diferentes níveis. Mestre em Direitos Humanos pela Universidade de Brasília e graduada em Artes Plásticas na mesma instituição. Foi coordenadora da Rádio Yandê, primeira web-rádio indígena do Brasil, de 2015 a 2021. Ganhadora do Prêmio PIPA Online 2021 e do Prêmio Prince Claus, da organização holandesa Prince Claus Fund, em 2022. Daiara Tukano foi artista convidada no 30º Programa de Exposições do Centro Cultural São Paulo, SP, em 2020, ocasião na qual realizou o projeto Pamuri Yukese. Participou das exposições Brasil Futuro: as formas da democracia, Museu Nacional da República, Brasília, DF, em 2023; e no ano anterior, Histórias Brasileiras, Masp, São Paulo, SP; Contramemória, Theatro Municipal de São Paulo, SP, e Brasilidade pós-modernismo, Centro Cultural Banco do Brasil, SP, RJ, MG e DF; Em 2021 integrou as mostras Kaa Body - Cosmovision of the rainforest, na galeria Paradise Row, Londres, Inglaterra; 34ª Bienal de São Paulo – Faz escuro mas eu canto, São Paulo, SP e Moquém Surari – Arte Indígena Contemporânea, Museu de Arte Moderna de São Paulo – MAM, São Paulo, SP; Além de Véxoa: nós sabemos, Pinacoteca do Estado de São Paulo, São Paulo, SP, 2020; Reantropofagia, no Centro Cultural da Universidade Federal Fluminense, Niterói, RJ, 2019; Lettre au Vieux Monde, Galeria Mottattom, Genebra, Suíça, 2019; Transmakunaima: o buraco é mais embaixo, Memorial dos Povos Indígenas, Brasília, DF, 2018; Armadilhas indígenas, Memorial dos Povos Indígenas, Brasília, DF, 2016. Em 2022, atuou como curadora da exposição temporária Nhe’é Porã, no Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, sobre as línguas indígenas no Brasil.