Carlos Nunes
Para Carlos Nunes, as pequenas coisas do cotidiano, como objetos prosaicos que habitam as casas, ateliês e ruas, ou até mesmo a luz, onipresente e silenciosa, constituem elementos inesgotáveis de pesquisa, ainda que seus trabalhos, muitas vezes, tornem visíveis justamente os processos de esgotamento inerentes à matéria. Ao estabelecer regras e procedimentos para testar hipóteses sobre as relações entre começo e fim, quantidade e intensidade, esgotamento e sedimentação, acúmulo e esmaecimento, o artista busca, através de atos investigativos sistematicamente registrados em desenhos, esculturas e instalações, extrair todo o potencial expressivo dos objetos e de suas cores. Carlos Nunes formou-se em Artes Plásticas pela Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP), em São Paulo, e estudou na Saint Martins School of Arts, em Londres. Em 2005, mudou-se para Buenos Aires, onde trabalhou até 2007 e participou de suas primeiras exposições coletivas. Em 2008, voltou a São Paulo, onde deu prosseguimento a suas pesquisas artísticas. Fez residência em Matadero Madrid, em 2014, e no Espaço T, em Portugal, em 2016. Realizou exposições individuais no Aomori Contemporary Art Centre (Japão, 2019); Galeria Raquel Arnaud (2013 e 2017); Museu Nacional de Soares dos Reis (Portugal, 2016); Galeria Ponce+Robles (Espanha, 2016); Centro Brasileiro Britânico (2010), entre outras. Destacam-se as exposições coletivas na Casa do Brasil (Espanha, 2018); Galeria Osnova (Rússia, 2017); Matadero Madrid (Espanha, 2014); Instituto Tomie Ohtake (2014). Suas obras são parte do acervo da Pinacoteca de São Paulo, Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, Museu de Arte do Rio e Coleção Helga de Alvear (Espanha).