Camila Soato
Brasil - 1985
Brasília, 1985
Sua trajetória na arte contemporânea se iniciou por volta de 8 ou 9 anos, foi à feira do rôlo e trocou sua bicicleta por um pangaré. Deste dia em diante vem trabalhando com a noção de fuleragem, conceito cunhado pelo Grupo de Pesquisa Corpos Informáticos, do qual faz parte, contamina e é contaminada desde 2009. Sua pesquisa poética é direcionada à pintura que escolhe o descuido como potência, e se afasta da assepsia e virtuosismo técnico, abraçando o fuleiro, o tosco e o mal acabado.
Em sua obra, Camila associa a tradição da pintura a óleo figurativa, envolta em uma usual seriedade, com temáticas relacionadas ao humor satírico que se apresenta em situações esdrúxulas (fulerage). São recortes de imagens que fragmentam e narram momentos bizarros.
Dessa maneira são estabelecidos, por intermédio de construções ambivalentes, questionamentos acerca das possibilidades de produzir pinturas figurativas e inseri-las no campo contemporâneo da produção artística. Essas imagens permeadas de fortes narrativas, associam situações ? nas quais algo ocorre de maneira quase falha ? à qualidade da pintura aplicada, com pinceladas encarnadas, achicletadas, fugidias e índices que revelam o processo do trabalho: borrões, manchas e escorridos. Descuidos assumidos como potencializações poéticas.
A artista foi finalista no Prêmio Pipa em 2013, vencendo na categoria de melhor exposição, apresentada no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Participou de diversas exposições coletivas e individuais, além de Site-specific em feiras internacionais como em Londres, Miami e Rio de Janeiro. Graduada em Artes Plásticas e Mestre em Artes Visuais pela UnB -Universidade de Brasília
Fontes:
Foto: http://www.artrio.art.br/sites/default/files/styles/imagem_460x460px/public/screen_shot_2014-09-09_at_10.18.33_am.png
Texto: http://www.arturfidalgo.com.br/artista/camila-soato/perfil/