Barbara Basseto
A pintura de Barbara Basseto (1994, Campinas, Brasil) investiga a repetição como processo de criação formal. Seu trabalho opera a partir de protocolos, cuja maleabilidade remete às regras de um jogo íntimo, travado entre a artista e as superfícies com as quais se engaja. Entre os suportes empregados por ela, estão tanto aqueles da tradição pictórica, quanto composições em tecidos usados na produção de roupas. As relações gráficas ali estabelecidas servem como provocações para Basseto, que responde a elas com novas formas, cujo repertório advém de referências tanto de objetos banais e de imagens advindas da moda, quanto da arquitetura e da história da arte. Através da aproximação e enfrentamento entre cores, motivos e materiais, a artista cria trabalhos de pequena e média escala, envoltos em uma atmosfera de silêncio, que demanda o olhar atento do observador, sem, contudo, deixar de lado a ironia. A repetição estrutura seus quadros, introduzindo neles uma temporalidade suspensa, que é tensionada na percepção dos sucessivos tempos da pintura dada pela sobreposição intuitiva de diferentes camadas de motivos. Essas operações partem da compreensão da pintura como uma linguagem, cujos elementos são arranjados não para formar um discurso, mas para revelar uma imagem que não afirma outra coisa, a não ser a si mesma. Barbara Basseto realizou duas exposições individuais: Ai de mim, que sou romântica, na Galeria Luis Maluf, em São Paulo, Brasil; e Longitude vicinal, no Centro Cultura Câmara dos Deputados, em Brasília, Brasil, ambas em 2023. Integrou mostras coletivas como: Sobre planetas, idílios e miudezas, na Galeria AM, em São Paulo, Brasil (2023); Quem conta um conto aumenta um ponto, na Usina Luis Maluf, em São Paulo, Brasil (2022); Contínua, na Galeria Luis Maluf, em São Paulo, Brasil (2022); Derivas bidimensionales, na Galería BGA, em Bucaramanga, Colômbia (2021); 17º Território da Arte, em Araraquara, Brasil (2020).