Alejandro Lloret
Cuba - 1957
Nasceu em Yaguajay, na Província de Sancti Spiritus, Cuba em 1957.
Chegou no Brasil em 1993. Vive em São Paulo e desde 2013 possui também um atelier em Santa Catarina, na Praia da Silveira, em Garopaba. Possui a residência brasileira e tramita a sua cidadania no país. Estudou na Escola Nacional de Artes de Havana ( ENA) de 1973 à 1977, especializando-se em pintura e desenho. Trabalha com a Galeria Ipanema no Rio de Janeiro e na Galeria Arte Hall em São Paulo.
Vem desenvolvendo a sua produção de pinturas e desenhos em duas vertentes paralelamente há 39 anos: uma hiper realista, influenciado pela visibilidade de Andrew Wyeth e pela reviravolta do romantismo alemão, especialmente a sujeitualidade crítica posta na poética de Casper David Friedrich. E a outra série em diálogo com as tradições expressionistas do século XX.
Em Junho de 2016 participou da mostra coletiva ?Obras de Ficção?, com texto crítico de Juliana Monachesi. Entre as suas exposições individuais, realizou em junho do 2013, a mostra ? Primavera negra?, na abertura da Almacén Galeria Gávea, antigo espaço da Galeria de Anna Maria Niemayer. Em 2006, aconteceu a exposição ?Véus de março?, da sua série híper realista na Nader Art Gallery, em Santo Domingo. Participou em 2001/2002 de um mostra coletiva pela Rainforest Art Foundation que se realizou no Las Vegas Art Museum, no Kaohsiung Museum of Fine Arts, em Taiwan e no Chinese Information and Cultural Center, em Nova York.
Com suas naturezas-pensantes brasileiras, Lloret traz para as suas florestas imaginárias, elementos que se aproximam do ato fotográfico. Uma pulsão antropofágica se faz presente neste diálogo entre a concretude do real e a montagem de narrativas paisagísticas, construídas em seus ateliês, na companhia de livros de botânica, projetos de Burle Marx, atlas ( elementos da natureza que fazem parte do seu banco de dados) entre outras fontes que alimentam a sua pesquisa.
Com a sua série ?Vozes de uma ausência?, onde dialoga com a tradição neo-expressionista dos anos 80, sua obra procura delinear um espaço- íntimo, uma ontologia imagética, onde o tecido pictórico vem como uma cisão originária, como premissa de um corpo-imagem, delineando-se nos contornos de um tempo impuro, como resistência. Nesta série, seus desenhos e pinturas, de grandes formatos, buscam um diálogo com o outro, próximo ou distante. Sempre em movimento, eles se disseminam nas obsessões, nas fendas dos silêncios, suportando nossos paradoxos.
Fontes:
Foto: http://alejandrolloret.com/biografia/
Texto: http://alejandrolloret.com/biografia/